Nos dias de hoje, tornou-se comum descrever qualquer filme focado em mulheres como “lacração”, e As Marvels não foi exceção. No entanto, conforme relatado pela Variety, Nia DaCosta compartilhou como está se recusando a deixar isso afetar seus pensamentos sobre o fandom e seu filme. A diretora, que se descreve como uma “grande fã de coisas nerds há muito tempo”, explicou como consegue ignorar as críticas mais tóxicas, mantendo sua atenção na parte do público que expressa uma “crítica civilizada”.
“Há espaços onde você vai porque é um super fã. Quer existir no espaço de apenas adoração – que inclui crítica civilizada“, disse a cineasta. “Depois, há espaços que são realmente virulentos e violentos e racistas – e sexistas e homofóbicos e todas essas coisas horríveis. E eu escolho o lado da luz. Essa é a parte do fandom que mais me atrai.“
Embora As Marvels não esteja sem suas críticas, está sendo bem recebido pelos espectadores. O filme ostenta uma pontuação de audiência de 84% no Rotten Tomatoes, bem mais alta do que a pontuação dos críticos de 62%. Mas, enquanto a maioria dos espectadores está saindo do cinema satisfeita, o problema com As Marvels está no seu desempenho nas bilheterias.
O filme estabeleceu o recorde de menor número de abertura para qualquer filme do Universo Cinematográfico da Marvel. A fraca presença do público pode ser atribuída a vários fatores, pois a falta de promoção certamente não ajudou, e o aumento do “cansaço de super-heróis” parece ser real, dado que outros filmes da Marvel e da DC também não têm se saído bem nos cinemas.
Escolhas musicais e tom do filme
Na mesma entrevista, Nia DaCosta foi questionada se foi uma decisão deliberada incluir o hit “Intergalactic” dos Beastie Boys nos trailers de As Marvels porque inclui a linha “Bem, agora, não me diga para sorrir“. Muitos consideraram isso uma resposta ao burburinho em torno de Capitã Marvel, mas DaCosta diz que não foi tão profundo.
“Esta é a primeira vez que percebo que essas linhas estão na música“, admitiu a cineasta. “Não posso dizer que foi intencional da minha parte. Desculpe ser decepcionante.”
“Eu acho que o cansaço de super-heróis definitivamente existe“, disse DaCosta anteriormente, sugerindo que o tom “maluco” do filme ajudaria As Marvels a se sentir mais único. “A maior diferença dos outros filmes do MCU até agora é que ele é realmente maluco e bobo. Os mundos pelos quais passamos neste filme são mundos diferentes dos que você já viu no MCU. Mundos brilhantes que você nunca viu antes.“
Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.
1 comentário em “Diretora responde aos que chamam As Marvels de ‘lacração’”
Quem lacra não lucra.