Disney responde críticas sobre diversidade em seus filmes

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Em recente declaração, a Disney reagiu às críticas feitas pelo investidor Nelson Peltz sobre a escolha de elencos dominados por atores negros e femininos nos seus filmes. Peltz, que atualmente está engajado em uma disputa acirrada para se juntar ao conselho administrativo da Disney, compartilhou suas opiniões em uma entrevista ao Financial Times, questionando a necessidade de filmes da Marvel com elencos exclusivamente femininos ou negros.

Suas declarações incluíram questionamentos sobre a necessidade de um elenco inteiramente negro, usando Pantera Negra como exemplo, e sobre a existência de um filme da Marvel focado exclusivamente em personagens femininas, referindo-se a As Marvels.

A resposta da Disney foi rápida e direta, sugerindo que a visão de Peltz não alinha com os valores de uma empresa criativamente orientada. “Isso é exatamente o motivo pelo qual Nelson Peltz não deveria estar perto de uma empresa movida pela criatividade“, disse um porta-voz da Disney à Reuters.

A diversidade nos filmes da Marvel

Bob Iger, CEO da Disney, tem enfatizado a importância da diversidade nos filmes da Marvel, citando em sua autobiografia, “The Ride of a Lifetime”, seu esforço para diversificar as histórias contadas através destes filmes, que inicialmente se concentravam em personagens masculinos brancos.

Pantera Negra, em particular, destacou-se como a 19ª maior bilheteria de todos os tempos (US$ 1,34 bilhão) e foi o primeiro longa da Marvel a ser indicado para Melhor Filme no Oscar. As Marvels, por outro lado, teve uma receita global modesta de US$ 206 milhões.

Peltz também questionou o registro de Kevin Feige, chefe da Marvel Studios, que teria diluído a qualidade dos filmes devido ao excesso de sequências. Apesar dessas críticas, é inegável que os 33 filmes lançados sob a bandeira da Marvel Studios arrecadaram coletivamente quase US$ 30 bilhões no mundo todo.

Disputa por assentos no conselho da Disney

Nelson-Peltz Disney responde críticas sobre diversidade em seus filmes

A tentativa de Peltz e seu Trian Fund Management de conquistar assentos no conselho da Disney, incluindo uma vaga para o próprio Peltz e outra para o ex-chefe financeiro da Disney, Jay Rasulo, destaca uma batalha significativa na governança corporativa da Casa do Mickey.

Além disso, outra firma ativista, a Blackwells Capital, está buscando três assentos no conselho, sinalizando um período de desafios e possíveis mudanças na direção estratégica da Disney.

Recentemente, até George Lucas, o criador de Star Wars, entrou na conversa. O cineasta, que também tem participação em ações da Disney, expressou seu apoio a Bob Iger, fazendo o seguinte comentário:

“Criar magia não é para amadores. Quando vendi a Lucasfilm há pouco mais de uma década, fiquei encantado em me tornar um acionista da Disney devido à minha longa admiração pela sua marca icônica e pela liderança de Bob Iger.”

“Quando Bob recentemente retornou à empresa durante um momento difícil, fiquei aliviado. Ninguém conhece a Disney melhor. Permaneço um acionista significativo porque tenho plena fé e confiança no poder da Disney e no histórico de Bob em gerar valor a longo prazo. Votei todas as minhas ações a favor dos 12 diretores da Disney e insto outros acionistas a fazerem o mesmo.”

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Luiz Junqueira

Luiz Junqueira é engenheiro da computação e escreve sobre entretenimento há mais de 12 anos, com um olhar analítico sobre filmes, séries e quadrinhos. Combina sua formação técnica com uma grande paixão pelo universo da cultura pop, se dedicando a trazer para os leitores artigos informativos e precisos.

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