O Disney+ continua sendo o serviço de streaming mais badalado do mercado. Durante o último evento trimestral para investidores, a Disney revelou que o serviço de streaming acumulou 60,5 milhões de assinantes pagos em todo o mundo. Isso é superior aos 54,5 milhões registrados em maio, o que representa um crescimento impressionante em tão pouco tempo. Isso também significa que o Disney Plus atingiu em apenas nove meses sua meta estipulada de assinantes para cinco anos, aumentando as estimativas e expectativas do setor. Chegamos a noticiar em julho que em um único fim de semana os downloads do app Disney+ aumentaram em 74%! Como se não bastasse, agora a gigante do entretenimento anunciou o lançamento do novo Star, streaming da Disney para o mercado internacional, previsto para 2021.
Somando todos os seus serviços de streaming, que incluem Hulu e ESPN+, a Disney possui agora uma base com mais de 100 milhões de assinantes pagos em todo o mundo. A Netflix continua na liderança com quase 200 milhões de clientes, mas a Disney está alcançando rapidamente.
“Apesar dos desafios constantes na pandemia, nós continuamos desenvolvendo o incrível sucesso do Disney+, à medida que expandimos nossos negócios globais direto ao consumidor [direct-to-consumer: termo usado pela Disney para referir-se às plataformas de streaming]. O alcance global de nosso portfólio completo de serviços diretos ao consumidor agora excede surpreendentes 100 milhões de assinaturas pagas, um marco significativo e uma reafirmação de nossa estratégia, que consideramos a chave para o crescimento futuro de nossa empresa”.
Bob Chapek, CEO da Disney
Voltando ao assunto do post, Bob Chapek anunciou que a Disney planeja lançar um novo serviço de streaming em 2021, voltado para o “entretenimento em geral”. O serviço será lançado internacionalmente com a marca Star, adquirida pela empresa como parte de seu enorme acordo de US$ 71,3 bilhões com a Fox, que entrou em vigor no ano passado. O serviço de streaming Star contará com conteúdo dos estúdios ABC, Fox Television, FX, Freeform, 20th Century Studios e Searchlight. O foco não estará em conteúdo Original (entenda o conceito de Original aqui). Além disso, o streaming Star será integrado ao Disney+ em vários mercados. Os preços do novo serviço de streaming ainda não foram revelados. O Diretor Executivo Bob Chapek disse:
“Em termos de entretenimento geral oferecido internacionalmente, queremos espelhar nossa bem-sucedida estratégia do Disney Plus, usando a mesma plataforma técnica, trazendo conteúdo que já possuímos e distribuindo sob uma marca internacional de sucesso que também já possuímos, que é, claro, a Star. “
O setor de streaming provou ser um dos poucos pontos positivos da Disney neste trimestre. A empresa perdeu US$ 4,84 bilhões. Com seus parques temáticos, como Disneyland California e Walt Disney World em Orlando, fechados por meses desde o início do ano, eles estavam perdendo muito dinheiro. A falta de renda com lançamentos nos cinemas só piorou a situação.
Está claro que o streaming é realmente o futuro. Isso já era uma percepção geral antes de 2020, mas o fechamento dos cinemas em virtude da pandemia mostrou que é um caminho inevitável . Um exemplo muito recente é “Mulan”. A Disney segurou até onde conseguiu, mas no final das contas vai lançar, em setembro, o live-action mais esperado do ano no Disney+. O filme não entrará no catálogo da forma usual. Quem quiser assistir terá que desembolsar US$ 29,99 (preço nos Estados Unidos). Será lançado nos cinemas também, mas apenas nas regiões do mundo onde as salas estão abertas.