O processo na Anatel envolvendo a Claro e plataformas de streaming de conteúdo sob demanda via internet, que poderia atrapalhar os planos do Disney Plus no Brasil, finalmente teve um desfecho.
Nesta quarta, durante sua 10ª Reunião Extraordinária, o Conselho Diretor da Anatel entendeu que os serviços de streaming de conteúdo televisivo e de cinema, como o Disney+, não devem ser enquadrados na Lei do SeAC (12.485/2011), popularmente conhecida como lei da TV paga, de modo que não devem ser regulados pela agência e não devem se submeter às obrigações impostas à TV por assinatura, como cotas mínimas de conteúdo nacional no catálogo. A reunião foi transmitida pelo YouTube e pode ser conferida na íntegra nesse link.
Ao definir que a subscrição de vídeo sob demanda (SVoD) não se confunde com a prestação de serviço de TV paga (regulado pela Anatel), o Conselho aponta para a completa abertura desse nicho de mercado, liberando oficialmente a criação do serviço de TV por assinatura pela internet.
A Guigo TV, por exemplo, já projeta para Outubro o lançamento de conteúdo sob demanda de diversos canais, como Disney Junior, Disney Channel, Disney XD, Cartoon Network, ESPN, CNN Brasil, entre outros. A Watch Brasil, outra plataforma brasileira de streaming, também comemorou a decisão. Maurício Almeira, um dos sócios fundadores, disse que a empresa também já tem um produto pronto para lançar no mercado e comentou que “não se conquista audiência por lei”.
A Amazon também lançou recentemente os Prime Channels, disponibilizando outros canais de streaming como Looke, Noggin, Starz Play, MGM e Paramount+ dentro do próprio Amazon Prime Video, possibilitando transmitir não só séries e filmes, mas também conteúdo ao vivo. Assim como a oferta gratuita de 30 dias do Amazon Prime Video, o Prime Channels também está disponível para avaliação sem custo por 7 dias. Para obter os dias grátis é preciso clicar na propaganda que aparece dentro do Prime Video.
Existem ainda diferenças significativas na tributação. No caso da TV por assinatura tradicional há a incidência de ICMS, com alíquotas de 12% a 15%, além de 1% do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), 0,5% do Funtell (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e 11% sobre aquisição/importação de conteúdo da Condecine. Já no caso dos serviços online, há apenas a incidência de ISS, com alíquotas de 5%,
Como tudo começou
No final de 2018, a Claro apresentou uma denúncia na Anatel, alegando que o Fox+ (como outros serviços de streaming) estaria praticando concorrência desleal ao produzir e oferecer conteúdo diretamente pela internet aos clientes e não se submetendo à Lei da TV paga, que determina uma quantidade mínima de títulos nacionais no catálogo. No processo, a Claro exigia que a Fox contratasse uma empresa de telecomunicações (tipo a Claro, sabe?) para atuar como uma espécie de “validador” na comunicação entre o usuário e o serviço.
A Anatel chegou a dar um parecer favorável à Claro no início e depois de muitas idas e vindas na Justiça, envolvimento do Congresso para alteração da Lei da TV paga, manifestação da AGU (Advocacia-Geral da União) contrária à área técnica da Anatel, pressão da Ancine por uma deliberação, adiamentos e pedidos de vistas, o caso foi finalmente analisado, discutido e decidido pelo Conselho Diretor da agência.
No final das contas, o Fox+, contestado pela Claro em 2018, foi descontinuado na América Latina, uma vez que seu conteúdo será oferecido no catálogo do Disney+ a partir do lançamento da plataforma no Brasil em 17 de Novembro.
Amém ele vai chegar sem problemas Love You
Isso eu já sabia não faz sentido enquadrar sistemas de stremings la lei da tv a cabo Lei do SeAC (12.485/2011) como sempre a claro só passa vergonha e perdeu novamente haha, serviço porco esse Now . Vem Disney plus os fãs estão aguardando.
Amei o meme do começo