Mudança no Disney+ dos EUA traz esperança para assinantes no Brasil

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Durante a divulgação do balanço financeiro do último trimestre, quando foi revelada a segunda perda consecutiva de assinantes do Disney+, o CEO Bob Iger anunciou que a empresa vai lançar até o final do ano nos Estados Unidos um novo aplicativo para unificar os conteúdos de suas três plataformas de streaming no país: Disney+, Hulu e ESPN+.

Os aplicativos e as assinaturas individuais de cada serviço continuarão existindo de forma independente, ou seja, a nova interface visa apenas facilitar o acesso ao conteúdo dos três streamings, mas pode ser um sinal de que a Disney está se preparando para ter uma única plataforma no futuro.

A unificação definitiva não poderia ser feita agora, pois, embora o Hulu seja controlado pela Disney, a Casa do Mickey ainda divide a propriedade do serviço com a Comcast, que detém 33% das ações. A fusão do Hulu ou qualquer outro movimento nesse sentido poderia acontecer a partir de 2024, ano em que a Comcast concordou em vender sua fração à Disney.

Embora continuemos a oferecer Disney+, Hulu e ESPN+ como opções independentes, esta é uma progressão lógica de nossas ofertas que fornecerão maiores oportunidades para os anunciantes, ao mesmo tempo em que oferecem aos assinantes do pacote acesso a conteúdo mais robusto e simplificado, resultando em maior envolvimento do público e, finalmente, levando a uma experiência de streaming mais unificada“, disse Bob Iger.

Como isso afeta os assinantes no Brasil?

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Por enquanto, a mudança anunciada para os Estados Unidos não afeta em nada os assinantes da América Latina, incluindo o Brasil. No entanto, a notícia reacende as esperanças dos assinantes brasileiros de que algo similar seja feito por aqui, onde a Disney resolveu lançar o Star+ como um serviço de streaming independente, ao contrário da estratégia adotada em outras regiões, como a Europa.

Nesses países, o Disney+ ganhou uma nova aba chamada STAR ao lado de Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic para receber os mesmos filmes e séries do Star+.

Na América Latina, os clientes que desejam ter acesso aos mesmos conteúdos do Disney+ com a aba STAR de outros países precisam pagar pelo Combo+, que nada mais é do que duas assinaturas em um pacote com desconto. A vantagem por aqui está na inclusão da programação ao vivo da ESPN, que traz centenas de eventos esportivos semanalmente.

Na transmissão direcionada aos investidores desta quarta-feira (10/05), Bob Iger comentou que a adição da aba STAR ao Disney+ internacionalmente foi muito bem-sucedida. Então, por que na América Latina precisa ser diferente?

Anúncio do Star+ não agradou

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Quando o Star+ foi anunciado pela primeira vez em 2020, a recepção do público latino não foi das melhores, com muitas pessoas pedindo para que fosse tudo incluído no Disney+, a exemplo do que acontece em vários outros países, como Canadá, Europa e Oceania.

Na época, a Disney explicou que seria um novo streaming construído na mesma plataforma tecnológica do Disney+, o que realmente pode ser constatado não só pela interface, mas principalmente pela estrutura dos códigos das páginas, que é praticamente idêntica.

Em uma análise superficial, esse é um fator que torna a união do Disney+ com o Star+ muito mais simples do que a junção do Hulu com o Disney+ nos EUA. Conforme revelado pelo ex-funcionário Brandon SanGiovamni no Twitter, a empresa está trabalhando na migração da base do Hulu para o sistema do Disney+ desde janeiro de 2022, algo que não passou tão despercebido assim.

Além da exigência de duas assinaturas, o conteúdo separado cria algumas situações estranhas, como séries e filmes lançados nos dois streamings ao mesmo tempo, conteúdo da National Geographic separado, títulos da Marvel Television que só existem no Star+, Os Simpsons com duas temporadas no Disney+ e 33 temporadas no Star+, e a sensação de que o catálogo do Disney+ recebe poucas novidades, já que o volume de lançamentos no Star+ é frequentemente maior.

Como mencionado, a divulgação de hoje sobre um aplicativo único nos Estados Unidos não significa que veremos o mesmo acontecer no Brasil e demais países da América Latina, mas a Disney reconheceu que o modelo Disney+ com STAR deu certo e está fazendo algo parecido nos EUA, então não custa sonhar.

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