Emma Thompson não acredita que o movimento “Me Too” vai retroceder por causa do veredito do caso Johnny Depp e Amber Heard. O ex-casal se enfrentou no tribunal nos últimos dois meses por um processo aberto pelo ator de Piratas do Caribe em 2018 contra a estrela após um artigo do The Washington Post em que ela relata sua experiência com violência doméstica. O resultado, anunciado no início de junho, foi em favor de Depp, que será indenizado por difamação.
Agora, em uma entrevista ao BBC’s Woman’s Hour, a atriz de Cruella discutiu sua opinião sobre o futuro do movimento #MeToo, que foi trazido à tona com o veredito do caso, após um júri de sete pessoas ter ficado ao lado do intérprete de Jack Sparrow.
“Um dos grandes problemas desse caso é a fama e como as pessoas famosas são tratadas e vistas de maneira diferente“, explicou Thompson. “O movimento #MeToo não vai ser retrocedido por isso, mas para que isso não aconteça, apenas temos que continuar falando. Temos que continuar a conversa e nos recusar a permitir que seja afetado por um caso protagonizado por duas pessoas muito, muito, muito famosas”.
“Um caso em que os dois protagonistas são tão conhecidos não é representativo [da realidade]“, continuou a atriz de 63 anos. “E é muito importante lembrar que esse movimento – que é sobre a bondade humana e é tão simples, na verdade, e se tornou tão complicado – não pode e não será prejudicado por [isso]”.
Anteriormente, Thompson mostrou apoio ao movimento social, que voltou a ganhar força a partir do #MeToo na década passada. Em 2019, a atriz saiu de um projeto da Skydance Animation, a animação Luck, que será lançada pela Apple TV+ em agosto deste ano e foi produzida por John Lasseter.
O produtor recebeu acusações de má conduta sexual em 2017. Ele, que dirigiu Toy Story 1 e 2, era o Chefe Criativo da Disney Animation até 2018, mas foi desligado da empresa após as denúncias, até entrar no novo estúdio no ano seguinte.
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