De acordo com um levantamento realizado pela The Motley Fool, uma empresa de consultoria em negócios e investimentos, embora seja difícil, o Disney+ pode atingir ainda no ano de 2020 a marca de 100 milhões de assinantes.
A “The Walt Disney Company” está passando por grandes interrupções em seus negócios em virtude da pandemia do COVID-19. Muitas de suas operações tiveram que ser paralisadas para ajudar na desaceleração da propagação do vírus. Segundo a Motley Fool, os efeitos dessas suspensões criaram uma crise de caixa na gigante do entretenimento, levando a administração da empresa a entrar no mercado de dívidas a pegar empréstimos de bilhões de dólares.
No entanto, um ponto positivo foi o crescimento animador do seu serviço de streaming, Disney+. Como as pessoas em todo o mundo estão ficando em casa com mais frequência, elas acabam demandando mais entretenimento doméstico. É aí que entra o Disney Plus com sua extensa biblioteca de conteúdo que pode ajudar a suprir as necessidades de lazer de um público que está saturado de notícias sobre o COVID-19.
A tendência de ficar em casa não é o único motivo
A pandemia de coronavírus não é a única razão pela qual o Disney+ está crescendo de forma acentuada. Os preços acessíveis ajudam a impulsionar o aumento da base de assinantes do streaming da Disney.
O preço do Disney+ é competitivo em comparação a outros serviços de streaming. Nos EUA, a US$ 6,99 por mês ou US$ 69,99 por ano, ele se posiciona bem em relação ao Netflix, cujo plano mais básico nos EUA custa US$ 8,99 por mês e apresenta restrições no número de transmissões simultâneas e limites na qualidade da imagem que não existem no Disney Plus.
É importante ressaltar que, no último relatório em maio/2020, o Disney+ havia conquistado 54,5 milhões de assinantes em todo o mundo. Isso o coloca muito à frente das projeções iniciais, que esperavam atingir de 60 a 90 milhões de assinantes até 2024.
Além disso, o serviço foi lançado recentemente no Japão, o que certamente aumentou os 54,5 milhões de assinantes previamente registrados. E o Disney+ não terminou de ser lançado internacionalmente. O streaming da Disney será lançado em mais 8 países europeus no dia 15 de setembro de 2020 e no Brasil e América Latina em Novembro de 2020. Para se ter uma ideia do potencial de mercado, a Netflix possui mais de 34 milhões de assinantes somente na América Latina.
Somado a isso tudo, o Disney+ lançou Hamilton no começo de julho, quando o número de downloads do app do Disney Plus aumentou em 74% em apenas um fim de semana! A inclusão de Hamilton aumentou significativamente o total de assinantes, mas o número exato ainda não é conhecido. O CEO Bob Chapek chegou a dizer que “Hamilton trouxe muitos novos assinantes e teve um papel importante no crescimento do Disney +”.
Projeção futura
De fato, o Disney+ está se beneficiando do aumento da demanda provocada pela pandemia de coronavírus, pois as pessoas exigem mais entretenimento doméstico. Esse benefício diminuirá naturalmente quando houver um retorno à normalidade. No entanto, quando a pandemia terminar, a Disney poderá voltar a produzir novos conteúdos para o serviço, o que ajudará a manter os atuais e atrair novos clientes.
Então isso significa que o serviço atingirá 100 milhões de assinantes até o final de 2020? O Disney Plus certamente crescerá em dezenas de milhões de assinantes antes do final do ano, mas o marco de 100 milhões dependerá de quando o serviço estará disponível na América Latina e até que ponto a pandemia de coronavírus continuará mantendo as pessoas em suas casas.
No entanto, considerando os países em que o Disney+ estará disponível até o final do ano e o aumento na demanda por entretenimento doméstico, não seria surpreendente se atingir pelo menos 80 milhões de assinantes até o final de 2020.