A Disney está no topo no mundo da animação há décadas, levando o Oscar da categoria para casa ano após ano e inspirando gerações com suas produções cheias de magia. No entanto, com algumas exceções, filmes recentes da Casa do Mickey deixaram a desejar, e uma grande parte dos fãs do estúdio demonstrou insatisfação, o que acabou se refletindo nas bilheterias, com Mundo Estranho dando um prejuízo de mais de R$ 820 milhões.
Agora, parece que a Disney está se preparando para adotar uma abordagem mais tradicional com seu novo projeto, Wish: O Poder dos Desejos.
Quem já assistiu ao primeiro trailer lançado nesta quinta-feira (27) deve ter notado um tom familiar. A animação apresenta uma bela heroína com um animal falante descobrindo uma estranha entidade mágica e se preparando para enfrentar um vilão extravagante. Muitos clássicos da Disney se encaixam nessa descrição.
Naturalmente, a Disney não está usando sua boa e velha fórmula sem um motivo. Na percepção de muitos espectadores, os filmes do estúdio se afastaram do que os tornou tão amados. Ao revisitar esses elementos tradicionais, a Disney pode reconquistar o público que perdeu o interesse nos lançamentos mais recentes.
Além disso, esta não é a primeira vez nos 100 anos do estúdio que eles tiveram que retornar à narrativa tradicional dos contos de fadas.
De volta ao básico
Walt Disney começou seu império de animação com filmes como Branca de Neve e os Sete Anões (1937) e Pinóquio (1940), mas aproveitou o sucesso desses títulos para se aventurar por outros caminhos. Foi assim que conhecemos animações como Fantasia (1940) e Tempo de Melodia (1948). Embora façam parte do legado do estúdio, eles não foram tão bem-sucedidos quanto aqueles com a magia tradicional da Disney.
Cinderela (1950) veio com uma abordagem de conto de fadas, voltando ao básico. Após seu sucesso em fevereiro de 1950, os filmes de animação que se seguiram até a morte de Walt em 1966 foram quase todos com a mesma fórmula. Alice no País das Maravilhas (1951), As Aventuras de Peter Pan (1953) e A Bela Adormecida (1959) pavimentaram o camimho para filmes como Frozen: Uma Aventura Congelante, Encanto e, agora, Wish: O Poder dos Desejos.
O recente teaser trailer e a descrição de Wish nos fazem crer que a Disney está de fato repetindo o processo, apresentando um filme que serve como um lembrete do que tornou a marca e o estúdio de animação tão amados no mundo todo.
Qual é a história de Wish?
Em Wish: O Poder dos Desejos, Asha, uma jovem sonhadora e espirituosa, faz um desejo tão poderoso que é atendido por uma força cósmica: uma pequena esfera de energia infinita chamada Estrela. Juntas, Asha e Estrela enfrentam um inimigo formidável – o governante do Reino de Rosas, Rei Magnifico – para salvar sua comunidade e provar que quando a vontade de uma pessoa corajosa se une à magia das estrelas, coisas maravilhosas podem acontecer.
O elenco de vozes conta com a vencedora do Oscar Ariana DeBose como Asha, Chris Pine como o Rei Magnífico e Alan Tudyk como o bode favorito de Asha, Valentino. A direção é do vencedor de Oscar Chris Buck e Fawn Veerasunthorn. Jennifer Lee assina o roteiro.
Luiz Junqueira é engenheiro da computação e escreve sobre entretenimento há mais de 12 anos, com um olhar analítico sobre filmes, séries e quadrinhos. Combina sua formação técnica com uma grande paixão pelo universo da cultura pop, se dedicando a trazer para os leitores artigos informativos e precisos.
