Um dos maiores acionistas da Disney quer juntar Netflix e ESPN

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Nelson Peltz, investidor e um dos maiores acionistas da Disney, tem sido uma figura central na recente batalha de poder na companhia. Com uma participação de cerca de 3 bilhões de dólares em ações, Peltz começou a comprar os papéis da Disney após a queda do preço das ações durante a pandemia, em um momento em que Wall Street mudou suas expectativas para serviços de streaming, de crescimento de assinantes para lucratividade.

Nos últimos dois anos, Peltz tem criticado a direção da empresa por perdas em seu negócio de streaming, má governança corporativa e planejamento inadequado. O CEO da Disney, Bob Iger, enfrentou uma guerra de procurações no ano passado, concordando em executar um plano de redução drástica de custos, resultando em cortes de mais de 7 bilhões de dólares e mais de 7000 demissões.

ESPN e Netflix: Uma combinação possível?

Nelson-Peltz Um dos maiores acionistas da Disney quer juntar Netflix e ESPN

Agora, conforme apontado pela Bloomberg, Peltz propõe uma mudança audaciosa: juntar o ESPN+ com a Netflix para impulsionar a divisão de streaming da Disney rumo a uma maior rentabilidade. Nos EUA, a Disney já oferece um pacote que inclui ESPN+ com seus próprios serviços de streaming, Disney+ e Hulu.

A Disney tem explorado opções para adaptar a ESPN ao novo mercado de streaming, com planos de lançar uma nova versão direta ao consumidor da ESPN no futuro, que seria o pacote completo da ESPN. Atualmente, o ESPN+, que só existe nos Estados Unidos, inclui apenas algumas transmissões esportivas e conteúdo.

A sugestão de Peltz de tentar agrupar o conteúdo da ESPN com a Netflix para recriar um pacote onde os assinantes da Netflix pagariam por conteúdo esportivo não parece ter grandes chances de acontecer. A Netflix já começou a investir em programação esportiva, com um recente acordo com a WWE, além de realizar eventos-teste para golfe e produzir documentários sobre Fórmula 1, futebol e futebol americano.

A Netflix tem se manifestado contra investimentos pesados em programação esportiva devido aos altos custos, mas com a adição de novo conteúdo ao vivo nos EUA, está lentamente se abrindo para a ideia. Outras plataformas de streaming, incluindo Star+, Paramount+, Max e Amazon Prime Video, também oferecem esportes dentro de seus serviços de streaming.

Nelson Peltz já falou sobre seu desejo de que a Disney seja mais parecida com a Netflix, a maior plataforma do mercado e que comprovou que o negócio de streaming pode ser lucrativo. No entanto, muitos estúdios já têm lutado para imitar o modelo da Netflix, em vez de elaborar seus próprios planos. Além disso, no caso da Disney, a empresa não atua apenas no setor de streaming, mas também lucra com canais lineares, parques temáticos, filmes nos cinemas, cruzeiros, uma infinidade de produtos licenciados, etc.

Desde que Nelson Peltz começou seus investimentos na Disney, seu fundo teve um desempenho abaixo do esperado, com um retorno de apenas 10%, em comparação com os 20% habituais, e é natural que ele queira impulsionar as ações da compania para ganhar mais dinheiro.

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Leo Carvalho

Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.

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