A Sony Pictures suspendeu o desenvolvimento da série Silk: Spider Society (Teia de Seda: Sociedade Aranha, em tradução livre). A decisão vem após o desempenho desapontador de Madame Teia nos cinemas, que registrou o fim de semana de estreia com a menor bilheteria para um filme da Marvel.
A série, anunciada no final de 2022, prometia trazer Cindy Moon, personagem mordida pela mesma aranha que concedeu a Peter Parker seus poderes aracnídeos, para o centro do palco. Sob a liderança de Angela Kang, de The Walking Dead, e a criatividade de Phil Lord e Chris Miller, responsáveis pelo sucesso de Homem-Aranha no Aranhaverso, a série tinha grandes expectativas de revitalizar o interesse pelo universo do Spider.
A Sony, devido a um acordo prévio com a Marvel antes da aquisição desta pela Disney, planejava lançar a série primeiro na MGM+ nos Estados Unidos, seguindo para uma distribuição global no Amazon Prime Video.
Contudo, de acordo com o The Ankler, o desenvolvimento foi pausado, com a equipe de roteiristas liberada para outros projetos, mesmo após já terem escrito alguns episódios.
Muitos acreditam que este retrocesso é reflexo de uma tendência mais ampla de esgotamento do gênero super-herói, observada tanto nas produções da DC quanto da Marvel. O público geral demonstrou menos interesse, impactado pela saturação de filmes e séries do gênero.
A DC, por exemplo, optou por um reboot de seu universo expandido com Superman: Legado em 2025, enquanto a Marvel Studios reduziu a quantidade de lançamentos após a recepção mista da Saga do Multiverso.
Repensando estratégias após Madame Teia
Madame Teia, lançado recentemente pela Sony, enfrentou críticas negativas e uma bilheteria inicial de apenas US$ 17,6 milhões no fim de semana, marcando a pior estreia de um filme do Universo do Homem-Aranha da Sony.
Em resposta, acredita-se que a Sony esteja planejando reformular a série da Teia de Seda para atrair um público predominantemente masculino, seguindo o sucesso de séries como Reacher e Jack Ryan na Amazon.
A falha de Madame Teia e de filmes voltados ao público feminino como As Marvels, bem como séries como Ms. Marvel e Mulher-Hulk: Defensora de Heróis, sugere uma reavaliação por parte da Sony antes de prosseguir com mais investimentos na série da Teia de Seda.
Enquanto isso, a Sony colabora com a Amazon em outra produção, Homem-Aranha: Noir, ambientada nos anos 1930, com Nicolas Cage em negociações para o papel principal. Além disso, há expectativa em torno dos lançamentos de Kraven, o Caçador e o terceiro filme de Venom, que poderão indicar o tamanho do interesse do público por mais aventuras dentro do Aranhaverso.
Silk: Spider Society permanece sem data de estreia definida, enquanto a Sony e a Marvel avaliam os próximos passos diante dos recentes desafios no mercado cinematográfico de super-heróis.
Luiz Junqueira é engenheiro da computação e escreve sobre entretenimento há mais de 12 anos, com um olhar analítico sobre filmes, séries e quadrinhos. Combina sua formação técnica com uma grande paixão pelo universo da cultura pop, se dedicando a trazer para os leitores artigos informativos e precisos.
