A figurinista de A Pequena Sereia explicou tudo sobre a caracterização dos personagens e revelou por que Ariel não usa o seu icônico biquíni de conchas. O live-action estrelado por Halle Bailey e Melissa McCarthy estreou semana passada e trouxe várias diferenças em relação a animação de 1989. Assim, além de tantas mudanças feitas na ambientação, nos personagens e na trilha sonora, os figurinos dos personagens também foram repaginados.
Colleen Atwood, a famosa figurinista de Hollywood conhecida por seu trabalho em grandes produções como Animais Fantásticos e Onde Habitam e Alice no País das Maravilhas, tem uma longa parceria com Rob Marshall, diretor de A Pequena Sereia. Ela já trabalhou com ele em Chicago, Memórias de uma Gueixa, Nine e Caminhos da Floresta, e agora retornou para mais um live-action da Disney.
Atwood explica os figurinos de Úrsula e Ariel
Em uma entrevista ao Harper’s Bazaar, Colleen Atwood revelou o motivos de algumas das mudanças que fez no live-action de A Pequena Sereia. De acordo com ela, o biquíni de conchas, por exemplo, que foi completamente trocado na adaptação, ficaria estranho em uma pessoa real e não representaria a ideia que eles gostariam de transmitir.
“Nós nos afastamos dessa ideia”, ela disse. “Acho que queríamos ter uma qualidade mais parecida com um peixe para as meninas. Só jogar conchas em seus seios parecia uma escolha estranha. E quando você começa a colocar conchas em corpos de verdade, fica difícil deixá-los bonitos, acredite. Escolhemos um bralette que ainda tem uma vibe de peixe, mas não era tão agressivo quanto um sutiã de concha”.
Coleen também explicou como fez o visual de Úrsula ser tão característico e ainda manter a capacidade do figurino de dançar e parecer estar submerso. Ela ainda falou sobre a questão do CGI na logística das roupas dos personagens.
“Quando os atores estavam trabalhando, eles usavam os trajes de captura de movimento 90% do tempo“, disse Atwood. “Mas a armadura do Rei Tritão – ele estava realmente usando. A roupa de Úrsula de Melissa McCarthy, ela usava na maior parte do tempo. Essa foi difícil. Tinha que ser como um figurino de dança, mas ainda se parecer com Úrsula, então tivemos que descobrir onde as pernas de polvo terminavam e a fantasia começava, e também onde o corpo humano se encaixava naquela fantasia. Esse foi um processo complexo”.
