Eco: Diretora revela desafios de criar uma série +16 com realismo brutal

Eco-Marvel Eco: Diretora revela desafios de criar uma série +16 com realismo brutal

A série Eco, nova produção da Marvel, representa um marco significativo para o estúdio. Além de ser a primeira sob o novo selo Marvel Spotlight, a série traz Alaqua Cox como Maya Lopez, a primeira protagonista surda e nativa americana do MCU. Introduzida inicialmente na série Gavião Arqueiro, Lopez é filha adotiva e aprendiz de Wilson Fisk, o Rei do Crime, interpretado por Vincent D’Onofrio. Eco marca também a primeira série lançada simultaneamente no Disney+ e Star+ e com Classificação Indicativa +16.

Segundo a diretora Sydney Freeland, em conversa com Steve Weintraub do Collider, a série promete explorar a jornada de Maya desde sua posição como “tenente de alto escalão no exército do Rei do Crime” até seu retorno ao lar em Oklahoma e ao seio de sua família Choctaw, processando o trauma desde a morte de seu pai. Para quem procura uma alternativa violenta e crua ao Multiverso, Eco promete ser uma escolha acertada. O elenco inclui também Charlie Cox, Zahn McClarnon, Devery Jacobs, entre outros.

Por que +16? A perspectiva de Freeland

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Freeland abordou a necessidade da classificação indicativa superior para a narrativa de Maya, usando tanto a classificação quanto o selo Spotlight para contar uma história mais pé no chão e urbana.

É uma história que necessariamente precisa ser mais íntima. Porque estamos lidando com consequências reais do mundo, isso significa que pessoas morrem, sangram, ossos quebram“, explicou a diretora. A decisão se baseou na liberdade criativa concedida pela Marvel para contar a melhor história possível.

No processo de edição, Eco passou por transformações significativas. Freeland destaou a abordagem ousada da Marvel no enredo, com mudanças consideráveis desde o script inicial até a pós-produção. Cenas deletadas e ajustes massivos fizeram parte desse processo, resultando em uma diferença notável entre o início e o fim da produção.

Desafios e inovações na filmagem

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Um desafio particular mencionado por Freeland foi filmar cenas em Língua de Sinais Americana (ASL). A diretora e sua equipe se questionaram sobre como manter uma conversa de vários minutos entre personagens que não falam. O resultado, segundo ela, é uma das cenas favoritas da série, onde não se fala uma única palavra, mas que ainda assim é profundamente emocionante.

É interessante porque eu diria que o que me deixou animada e com medo de filmar foi o ASL, porque entrando no processo, você se pergunta: ‘Como podemos sustentar uma conversa de 3/4/5/6 minutos entre um personagem ou vários personagens que não falam?’ E essa foi uma grande questão para mim. E então, com meu diretor de fotografia, estamos descobrindo: ‘Como fazemos isso? Podemos fazer isso? E a resposta é sim. E direi que uma das, senão a minha cena favorita de toda a série, sem dar spoiler, é uma cena entre dois personagens em que nenhuma palavra é dita por vários minutos, e isso me leva às lágrimas toda vez que vejo isto.

Sob o selo Spotlight, Eco oferece uma grande liberdade criativa. Esse selo significa que não é necessário ter assistido a outros tantos filmes ou séries do MCU para entender a história. Ao mesmo tempo, espectadores familiarizados com a franquia reconhecerão participações especiais de personagens de outras produções, como confirmado recentemente pela mesma diretora em outra entrevista.

Duração dos episódios de Eco

De acordo com a cineasta, a duração dos episódios de Eco surgiu de forma natural, aproximando-se dos 42 minutos típicos de uma hora de rede. Freeland expressou entusiasmo pela flexibilidade que o streaming oferece em termos de tempo de execução.

Digamos 42 minutos. Não era nossa intenção, mas a duração dos nossos episódios acabou girando em torno disso. Então, eu gostaria de poder dizer que foi intencional, mas foi uma espécie de acidente feliz.

Com o lançamento de Eco, a Marvel Studios avança para novos territórios em termos de narrativa e representação. A série promete não apenas entretenimento, mas também uma abordagem mais profunda e realista, trazendo questões relevantes na sociedade atual. A estreia simultânea no Disney+ e Star+ com classificação +16 indica um passo importante na diversificação de conteúdo da Marvel.

Eco estreia nesta terça-feira (09/01) às 23:00.

Foto do autor

Leo Carvalho

Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.

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