Disney+ volta a perder assinantes; veja os números

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Em maio deste ano, durante a divulgação do balanço do primeiro trimestre do ano, a Disney relatou que o número total de assinantes do Disney+ foi de 161,8 milhões para 157,8 milhões, representando uma perda de 2%. Agora, o novo relatótrio trimestral para os acionistas aponta uma nova queda de aproximadamente 8%, totalizando 146,1 milhões de assinantes no mundo todo.

Os dados mais uma vez revelam que a diminuição no número de clientes foi fortemente influenciada pelo cancelamento de assinaturas na Índia, onde 12,5 milhões de pessoas decidiram sair depois que o streaming perdeu os direitos de exibição da popular liga de críquete Indian Premier League.

Nos Estados Unidos e Canadá, houve uma redução de 1% no número de assinantes, caindo de 46,3 milhões para 46 milhões de clientes. No restante do mundo, excluindo o Disney+ Hotstar, houve um crescimento de 1%, subindo de 58,6 milhões para 59,7 milhões de assinantes.

Aqui estão os números atualizados de assinantes (em milhões) de todas as plataformas de streaming da Disney:

  • Disney+ – Global – Antes: 157,8 – Depois: 146,1
  • Disney+ – Doméstico (EUA e Canadá) – Antes: 46,3 – Depois: 46
  • Disney+ – Internacional excluindo Disney+ Hotstar+ – Antes: 58,6 – Depois: 59,7
  • Disney+ Core – (excluindo Hotstar) – Antes: 104,9 – Depois: 105,7
  • Disney+ Hotstar – Antes: 52,9 – Depois: 40,4
  • ESPN+ – (Apenas EUA) – Antes: 25,3 – Depois: 25,2
  • Hulu – (Apenas EUA) – Antes: 48,2 – Depois: 48,3

Na América Latina, quando um assinante possui o serviço independente Disney+ ou o Star+ ou ainda o Combo+, é contabilizado como um único assinante pago do Disney+.

Apesar da redução no número de assinantes, o relatório informa que a receita dos serviços Direto ao Consumidor (streaming) aumentou em 9% para US$ 5,5 bilhões e a perda operacional diminuiu para US$ 0,5 bilhão, comparada à perda de US$ 1,1 bilhão anterior. A redução na perda operacional, de acordo com a empresa, ocorreu devido a uma perda menor no Disney+, um maior lucro operacional no Hulu e uma perda menor no ESPN+

A Disney também superou as metas de Wall Street no quesito lucro por ação no trimestre, registrando uma receita total 4% maior do que no mesmo período do ano passado: US$ 22,3 bilhões. A receita operacional foi de US$ 3,6 bilhões, uma queda de 6%.

No geral, o lucro operacional da Disney durante o trimestre mais recente foi cerca de um quinto menos robusto do que no mesmo período de cinco anos atrás (US$ 4,2 bilhões).

Nossos resultados neste trimestre refletem o que realizamos por meio da transformação sem precedentes que estamos empreendendo na Disney para reestruturar a empresa, melhorar a eficiência e restaurar a criatividade no centro de nosso negócio“, disse Bob Iger, atual CEO da The Walt Disney Company.

“Nos oito meses desde o meu retorno, essas mudanças importantes estão criando uma abordagem mais econômica, coordenada e simplificada para nossas operações, o que nos colocou no caminho para superar nossa meta inicial de economia de US$ 5,5 bilhões, bem como melhorou nosso resultado operacional direto ao consumidor em cerca de US$ 1 bilhão em apenas três trimestres. Embora ainda haja mais a ser feito, estou incrivelmente confiante na trajetória de longo prazo da Disney por causa do trabalho que realizamos, da equipe que agora temos em vigor e por causa da base fundamental da Disney de excelência criativa e marcas e franquias populares.”

O impacto da remoção de conteúdos

No final de maio, a Disney removeu muitos filmes e séries originais de suas plataformas no mundo todo, resultando em uma redução de mais de 100 títulos feitos exclusivamente para seus serviços de streaming. A iniciativa não parou por aí, e um mês depois mais conteúdos bem recentes foram retirados, incluindo várias séries turcas e o filme A Cratera, que não ficou nem dois meses no ar após a estreia.

Essa estratégia, naturalmente malvista pelos assinantes, fez parte do plano do CEO Bob Iger de enxugar os custos da companhia ao máximo, algo que ficou evidente quando a Disney submeteu à agência reguladora do mercado de valores mobiliários nos Estados Unidos (SEC – Securities and Exchange Commission) que houve uma economia de US$ 1,5 bilhão em seus demonstrativos financeiros apenas com a primeira onda de remoções de filmes e séries.

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