O Disney+ está prestes a completar seis anos e, ao longo desse tempo, passou por diversas mudanças. A inclusão de hubs, além de listas personalizadas, trouxe novidades para os assinantes.
No entanto, a interface principal da plataforma continua praticamente a mesma, com uma estrutura fixa de seções organizadas em fileiras, sem grandes personalizações.
No ano passado, o CEO da Disney, Bob Iger, já havia mencionado planos para melhorias tecnológicas na plataforma, com o objetivo de aprimorar a experiência do usuário, aumentar o tempo de permanência no serviço e reduzir cancelamentos.
Para liderar esse processo, a Disney contratou Andre Rohe como diretor de produto e tecnologia para Disney Entertainment e ESPN.
Smith trabalhou por anos no YouTube e esteve envolvido no lançamento do YouTube Premium e YouTube Music, o que indica um foco maior na personalização e na otimização do serviço.
Durante uma recente sessão de perguntas e respostas com investidores, Bob Iger foi questionado sobre as melhorias que podem ser esperadas no Disney+ nos próximos meses.
Ele explicou que as mudanças já começaram e continuarão a ser implementadas ao longo do próximo ano.
Quais melhorias estão previstas?
Ao falar sobre os avanços tecnológicos que estão sendo desenvolvidos, Iger destacou algumas áreas principais de inovação:
“Os avanços que Adam e sua equipe estão trabalhando já começaram a ser implementados e vão continuar nos próximos doze meses, mas não vamos parar aí. Não destacaria apenas um deles como mais importante, porque são várias mudanças acontecendo ao mesmo tempo. Você mencionou o compartilhamento pago, e isso certamente é uma delas. Também estamos investindo em mais personalização e aprimorando nossos algoritmos, saindo um pouco do modelo tradicional de curadoria para oferecer ao consumidor exatamente o que ele deseja.”
O CEO também mencionou melhorias na tecnologia de anúncios, que vêm sendo ajustadas, especialmente no mercado internacional.
A Disney está investindo em inteligência artificial para aprimorar diversos aspectos da plataforma.
“Uma das questões que temos em mente é a tela inicial do Disney+. Ela sempre teve um design bonito, mas é muito estática. Quanto mais dinâmica ela for, mais as pessoas vão interagir, consumir mais conteúdo e evitar sair do aplicativo rapidamente. Esse é um fator importante. Ainda estamos montando a equipe, mas até o fim do ano, teremos avançado bastante, e já conseguimos alguns progressos.”
Melhorias na personalização e na experiência do usuário
A Disney sabe que, para manter os assinantes engajados e reduzir o cancelamento de assinaturas, é essencial que eles assistam a mais conteúdos na plataforma.
Netflix e YouTube já dominam o uso de algoritmos para sugerir conteúdos de forma personalizada, mantendo os usuários conectados por mais tempo.
Atualmente, o Disney+ oferece uma experiência mais genérica, sem um sistema avançado de recomendações, o que pode dificultar o engajamento.
É comum que os assinantes se deparem com sugestões repetitivas ou que já assistiram, o que pode reduzir o interesse em explorar novos conteúdos.
A implementação de um sistema mais dinâmico pode tornar a experiência mais personalizada, incentivando a permanência na plataforma.
Integração de serviços
Outro fator que pode influenciar positivamente as mudanças é a consolidação dos serviços de streaming da Disney.
Com a inclusão do catálogo do Star+ no Disney+ na América Latina e do Hulu e ESPN no Disney+ nos Estados Unidos, a empresa pode concentrar seus investimentos na melhoria de um único serviço, ao invés de dividir recursos entre múltiplas plataformas.
Com as novas estratégias tecnológicas em andamento, resta aguardar para ver como essas mudanças impactarão a plataforma ao redor do mundo.