
A atriz Gina Carano, que interpretou Cara Dune em The Mandalorian, conseguiu uma vitória importante no processo que move contra a Disney. Um tribunal na Califórnia determinou que a empresa deve entregar uma série de documentos confidenciais, incluindo informações sobre salários de outras estrelas da franquia Star Wars.
Essa decisão faz parte do processo que Carano abriu em 2024, no qual acusa a Disney de demissão indevida e discriminação por motivos políticos e de gênero.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Carano comentou a decisão: “É um pequeno respiro nesse processo longo e difícil. Estou grata ao tribunal por agir tão rápido. Espero que os detalhes do meu caso venham a público e que eu consiga limpar meu nome.”
Ela também agradeceu o apoio de Elon Musk e da plataforma X, que estão financiando a ação.
Atriz quer comparar salários e tratamento de colegas de elenco
A decisão obriga a Disney a fornecer planilhas detalhadas, e não apenas resumos, sobre quanto pagou a atores como Pedro Pascal e Rosario Dawson. Os dados devem incluir não só The Mandalorian, mas outras produções da franquia Star Wars no Disney+, incluindo o filme The Mandalorian & Grogu.
O advogado Gene Schaerr, que representa Carano, explicou que, embora nem todos os pedidos tenham sido atendidos nesta fase, a decisão permite solicitar mais documentos no futuro, caso os dados entregues não sejam suficientes.
“Se o especialista da nossa equipe concluir que ainda são necessárias mais informações, poderemos solicitar novos documentos,” afirmou Schaerr em publicação na rede X.
Processo aborda demissão e possível tratamento desigual
Carano foi demitida da série em 2021 após uma série de postagens nas redes sociais que a Disney considerou inadequadas. Segundo a atriz, no entanto, outros colegas com posicionamentos políticos distintos não foram penalizados da mesma forma. Ela alega ter sido alvo de discriminação por conta de suas opiniões conservadoras e que o mesmo tratamento não foi dado a Pedro Pascal.
Em sua defesa, a Disney chegou a argumentar que tem o direito de se afastar de posições políticas com as quais não concorda. A empresa tentou encerrar o processo em 2024, mas o juiz federal negou o pedido. O julgamento está previsto para acontecer em 29 de setembro de 2025.
Segundo o jornal The Guardian, a atriz teria sido pressionada a se reunir com representantes da comunidade LGBT após suas postagens, algo que ela recusou. Pouco depois, foi desligada da produção.
Decisão pode impactar próximos passos do caso
Com acesso a documentos internos, a equipe de Carano poderá comparar o tratamento dado a ela com o que foi oferecido a outros membros do elenco. A expectativa é que essas informações fortaleçam suas acusações de discriminação.
Carano afirmou que está determinada a seguir com o processo e que deseja voltar ao trabalho sem enfrentar, segundo ela, barreiras impostas por posições políticas.
“Quero continuar fazendo o que amo sem sofrer esse tipo de discriminação brutal,” escreveu a atriz.
A Disney ainda não se pronunciou sobre a decisão do tribunal.