Com Brinquedo Assassino de 1988, Don Mancini criou uma lenda do terror na forma de Chucky, um serial killer preso dentro de um boneco. Tendo escrito todas as seis sequências do filme, Mancini decidiu continuar a história de Chucky como uma série, que expande ainda mais o universo do boneco. A terceira temporada de Chucky, que é transmitida às sextas-feiras no Star+, ocorre na Casa Branca e coloca Chucky contra seu maior inimigo até então. O relacionamento de Jake e Devon continua sendo central nos novos episódios enquanto a dupla enfrenta um terror renovado ao tentar deter a onda de assassinatos de Chucky.
Para Mancini, inserir personagens gays na série Chucky essencial. Na verdade, ele é responsável por trazer representação LGBTQ+ para toda a franquia, começando com o quarto filme, A Noiva de Chucky de 1998. “Foi o primeiro onde havia um personagem explicitamente gay na história“, Mancini disse em entrevista com o Looper, “e o primeiro que tinha uma verdadeira sensibilidade gay tangível sobre ele com parte do elenco: Jennifer Tilly, Alexis Arquette, e John Ritter.“
Don Mancini disse que o conteúdo queer tão importante para Chucky e o gênero do terror vem de algo pessoal. É algo que ele tem trabalhado para infundir nas histórias da extensa família de Chucky por décadas.
Inserindo histórias queer em Chucky
“Desde A Noiva de Chucky, eu trabalhei duro para trazer conteúdo queer para a franquia, porque isso tem sido importante para mim como um homem gay e um criador gay de histórias“, Mancini contou. “É ótimo que vivemos em um mundo agora, e isso é bastante diferente de quando começamos a franquia nos anos 80, onde você pode retratar personagens queer de uma maneira que simplesmente não era feito naquela época. Isso é realmente gratificante.” Com a série Chucky, Mancini pôde desenvolver uma infinidade de personagens queer, tornando a franquia mais diversa do que nunca.
O relacionamento romântico entre os personagens adolescentes Devon e Jake é central para a série, e isso é totalmente intencional. “É muito bom poder proporcionar aos jovens gays pontos de identificação entre os personagens da nossa série, porque eu não tinha isso quando era criança, quando era adolescente. Eu adoraria ter tido isso, ver uma representação honesta e simpática de um romance gay adolescente.”
Ao focar no relacionamento de Devon e Jake, Mancini acredita que Chucky consegue explorar um romance queer de uma maneira realista, apesar do fato de os personagens estarem constantemente assombrados por um boneco assassino.
Novos episódios da terceira temporada de Chucky estreiam no Star+ às sextas-feiras.
Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.
