Um pouco antes da recente conferência sobre os resultados financeiros da The Walt Disney Company, Bob Iger, o CEO da empresa, revelou em uma entrevista à CNBC uma estratégia inspirada em um de seus maiores concorrentes. O principal executuvo da Casa do Mickey admitiu abertamente a influência da Netflix e suas medidas de economia, especialmente no que diz respeito à repressão ao compartilhamento de senhas.
“A Netflix teve uma vantagem de mais de 10 anos sobre nós“, começou Iger, reconhecendo que, pela primeira vez, a Disney estava correndo atrás de outra corporação. Ele continuou: “Lançamos o streaming da Disney há pouco mais de quatro anos. Ainda é um negócio nascente em muitos aspectos, muito bem-sucedido quando você olha para o número de assinantes globais que conseguimos de imediato e, obviamente, desde então.“
No entanto, parece que o CEO encontrou inspiração na abordagem da Netflix para o compartilhamento de senhas, uma pedra no sapato para as empresas que buscam maximizar a receita de streaming.
Inspirando-se nas medidas da Netflix
Iger destacou: “Quando você pensa na Netflix e no que eles fizeram em relação ao compartilhamento de senhas… seus custos de aquisição e retenção de clientes, a tecnologia que eles têm que reduz a rotatividade, o conteúdo global que eles acumularam, incluindo localmente… Todas essas coisas são coisas que não só aspiramos, mas que estamos trabalhando para entregar.“
Em outras palavras, o CEO da Disney avaliou a Netflix e decidiu que a Casa do Mickey precisa fazer exatamente o que está sendo feito, mesmo que as medidas de economia, como a repressão ao compartilhamento de senhas, sejam tão irritantes para muitos assinantes que eles decidam cancelar de vez suas assinaturas.
No entanto, foi exatamente o contrário que aconteceu com a Netflix, que viu seus números subirem rapidamente, e Bob Iger deixou claro que o serviço de streaming Disney+ é a principal prioridade da empresa para o futuro, independentemente das perdas financeiras a curto prazo.
Se ele precisa imitar estratégias impopulares de seus rivais para manter o serviço ativo, parece que é exatamente o que Iger fará, buscando equilibrar a inovação com estratégias que provaram ser eficazes, mesmo que gerem reclamações.
Luiz Junqueira é engenheiro da computação e escreve sobre entretenimento há mais de 12 anos, com um olhar analítico sobre filmes, séries e quadrinhos. Combina sua formação técnica com uma grande paixão pelo universo da cultura pop, se dedicando a trazer para os leitores artigos informativos e precisos.
