Paloma Faith, que interpreta Bet Sykes na série Pennyworth: A Origem do Mordomo do Batman do HBO Max e deu vida à Sininho/Tinker Bell na adaptação Peter & Wendy de 2015 (não confundir com o recente lançamento do Disney+, Peter Pan e Wendy), expressou sua decepção com o mais novo remake em live-action da Disney, A Pequena Sereia.
Recorrendo ao Stories do Instagram, a atriz compartilhou sua frustração com o filme, mencionando suas preocupações sobre as ideias que ele apresenta e seu potencial impacto negativo nas jovens. Paloma, mãe de duas meninas, afirmou que não queria que suas filhas acreditassem ser aceitável sacrificar sua voz e seus poderes por amor a um homem.
Paloma Faith em Pennyworth
Embora tenha reconhecido a escolha perfeita de Halle Bailey como Ariel, a mensagem geral do filme deixou a britânica irritada, a ponto de usar um palavrão para se referir ao remake da Disney que estreou nos cinemas na semana passada.
“Acabei de assistir ao novo A Pequena Sereia com minhas filhas e, embora eu ache que Halle entrega uma boa performance e seja uma ótima escolha de elenco, como mãe de meninas, não quero que minhas crianças pensem que é aceitável abrir mão de sua voz e poderes para amar um homem.”
A estrela de Ligações Perigosas acrescentou: “Que m**** é essa?! Não é isso que eu quero ensinar para as mulheres da próxima geração.“
Embora tenha enfrentado controvérsias, incluindo reações racistas à escolha de Halle Bailey, o live-action de A Pequena Sereia da Disney foi bem recebido em comparação com outros remakes recentes do estúdio.
As críticas em torno de Bailey também não impediram o sucesso comercial do filme, que obteve um resultado significativo nas bilheterias, arrecadando US$ 118,6 milhões em quatro dias nos Estados Unidos, superando Velozes e Furiosos 10 e se estabelecendo como a quinta maior arrecadação na história no feriado de Memorial Day dos EUA.
A Pequena Sereia fez mudanças em relação à animação
Apesar das queixas de Paloma Faith, a equipe criativa por trás do remake de A Pequena Sereia se esforçou para aprimorar o material original adotando uma abordagem de valorização das mulheres. Halle Bailey expressou sua empolgação com a versão atualizada, enfatizando para a revista Edition:
“Estou muito animada com a minha versão do filme porque definitivamente mudamos a perspectiva de apenas ela querer deixar o oceano por um cara. É muito maior do que isso. É sobre ela mesma, seu propósito, sua liberdade, sua vida e o que ela quer. Como mulheres, somos incríveis, somos independentes, somos modernas, somos tudo e acima. E estou feliz que a Disney está atualizando alguns desses temas.”
O diretor Rob Marshall também apoiou a ideia de atualizar A Pequena Sereia para se adequar aos padrões e sensibilidades dos dias de hoje. Nesse sentido, a equipe criativa buscou a colaboração do compositor Lin-Manuel Miranda para fazer ajustes na música “Beije a Moça” (Kiss the Girl).
O cineasta enfatizou a importância de reconhecer as mudanças na cultura que ocorreram nas últimas três décadas desde o lançamento do filme original. Respeitar e refletir essas mudanças foi considerado essencial na abordagem do remake, destacando o compromisso de estar atento e responsivo ao cenário social em constante evolução.
“Pedimos a Lin-Manuel para fazer alguns pequenos ajustes na letra original de Beije a Moça (Kiss the Girl), porque é importante lembrar que a cultura e as sensibilidades mudaram nos últimos 34 anos, e é vital que respeitemos essas mudanças.”
Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.
