A verdadeira história da Relíquia de Arquimedes de Indiana Jones 5

Reliquia-de-Arquimedes-Indiana-Jones A verdadeira história da Relíquia de Arquimedes de Indiana Jones 5

Indiana Jones e a Relíquia do Destino estreou nos cinemas e trouxe a última aventura do herói titular. Nela, o personagem de Harrison Ford, acompanhado de sua afilhada, se vê enfrentando um ex-nazista que trabalha para a NASA enquanto corre contra o tempo para recuperar um lendário objeto que pode mudar o curso da história. Mas o que é a tal relíquia do destino?

[Aviso] O texto a seguir contém pequenos spoilers de Indiana Jones 5.

No filme, o artefato foi construído por Arquimedes em 213 a.C. e diz-se que é capaz de localizar fissuras no tempo. Indy e seu amigo, Basil Shaw, encontraram a relíquia em um trem durante os últimos anos da Segunda Guerra Mundial. Basil contou à sua filha, Helena, sobre o dispositivo antes de ficar “louco” por causa dele.

Anos mais tarde, em 1969, a personagem de Phoebe Waller-Bridge estava buscando a relíquia quando encontrou com Jones, seu padrinho. Juntos, eles entram em conflito com Jürgen Voller, um ex-nazista trazido para a NASA após a guerra, que buscava o objeto para “corrigir” os erros do passado de Adolf Hitler.

A relíquia do destino foi inspirada em um objeto real

Maquina-de-Anticitera A verdadeira história da Relíquia de Arquimedes de Indiana Jones 5

Em 1900, na costa da pequena ilha grega de Anticítera, mergulhadores encontraram um navio romano naufragado repleto de tesouros antigos. Escondido entre achados mais chamativos, como estátuas de mármore e joias, havia um dispositivo misterioso conhecido hoje como Máquina ou Mecanismo de Anticítera.

Datado de mais de 2 mil anos atrás, o dispositivo é provavelmente o artefato mais interessante do mundo antigo, de acordo com Jo Marchant, autora do livro Decoding the Heavens: Solving the Mystery of the World’s First Computer, de 2008.

Mais de um milênio antes de os europeus do século XIII inventarem os primeiros relógios mecânicos, a Máquina de Anticítera empregava uma tecnologia igualmente complexa – incluindo rodas dentadas, mostradores e ponteiros – para mapear o cosmos. 

Naturalmente, embora ela não transportasse ninguém de volta no tempo, os antigos usavam o artefato como um calendário, prevendo eclipses, acompanhando o movimento do sol e da lua e até mesmo se baseando nele para programar eventos esportivos, como as Olimpíadas.

Em 2021, uma equipe de pesquisa publicou um modelo computacional do Disco de Arquimedes no jornal  Scientific Reports, lançando luz sobre seu funcionamento. No entanto, muitos aspectos do dispositivo ainda permanecem um mistério, incluindo o significado das inscrições em sua superfície.

Considerado o dispositivo tecnológico mais avançado de sua época, o mecanismo era abrigado em uma caixa de madeira semelhante a um relógio. Possuía engrenagens de bronze e um mostrador que exibia os movimentos dos corpos celestes, em vez de indicar as horas.

Girando uma alavanca, era possível manipular as engrenagens para observar as posições do sol, lua, planetas e outras informações astronômicas. As engrenagens sobreviventes, cerca de 30, são únicas, e nenhum outro dispositivo desse tipo do mundo antigo é conhecido. O Mecanismo de Anticítera antecede a invenção dos relógios mecânicos na Europa medieval.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino já está em exibição nos cinemas.

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Ana Gambale

Estudante de Cinema e Audiovisual, fã de Disney e Pixar, cultura pop e internet, viciada em k-pop e eterna amante de séries.

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