Há alguns anos, a Disney quase criou uma adaptação animada de uma história do autor de Good Omens, livro que inspirou Belas Maldições, o sucesso do Amazon Prime Video. As principais obras do estúdio são conhecidas por terem sido derivadas de materiais já existentes, geralmente um livro ou conto antigo, desde os primeiros lançamentos, como Branca de Neve e os Sete Anões, até filmes recentes como Frozen. Em certo ponto, um livro de fantasia quase foi adicionado a essa lista.
Trata-se de O Aprendiz de Morte, um romance da série Discworld, criada pelo escritor inglês Terry Pratchett que foi publicada entre 1983 e 2015. A saga era ambientada no planeta plano de antigas mitologias, equilibrado em cima de quatro elefantes que, por sua vez, ficam nas costas de uma tartaruga cósmica gigante. Trata-se do mesmo mito explorado na animação Mundo Estranho, da Disney.
O Aprendiz de Morte foi o quarto volume dessa série e acompanhava Mortimer, um desajeitado rapaz do interior que recebe uma proposta da Morte, que o convida para ser seu aprendiz. No entanto, quando ele é enviado para coletar as almas daqueles que estão programados para morrer, algo dá errado durante uma de suas tarefas e o mundo é lançado no caos.
Por que a adaptação da Disney não foi para frente?
No início da década de 2010, a dupla de cineastas mais icônicos da Disney Animation, Ron Clements e John Musker (Aladdin, Hércules, Moana), quase embarcaram na adaptação do livro de 1987. De acordo com o site Blue Sky Disney, a versão do estúdio não seria completamente fiel ao livro, e sim uma história ambientada no reino de Discworld, seguindo muitos dos mesmos elementos de O Aprendiz de Morte. Além disso, a animação seria desenhada à mão e estaria sendo planejada para estrear entre 2013 e 2014.
No entanto, em março de 2011, apenas alguns meses depois que esse projeto entrou no radar do público, ele foi descartado. Segundo alguns relatórios da época, o maior problema foi a dificuldade da Disney em garantir os direitos de adaptação, um desafio que normalmente não era um empecilho quando se tratava de seus filmes de animação, já que normalmente as histórias estavam em domínio público ou já eram de propriedade da empresa.
Em contrapartida, o fracasso do projeto fez com que a dupla de diretores pudessem focar toda a sua atenção em seu próximo filme, Moana, que acabou sendo um grande sucesso para o estúdio.