O encerramento oficial do Star+ será em 2024, marcando um momento significativo no mercado de streaming, e deve dobrar o tamanho do catálogo do Disney+, que vai absorver o conteúdo da plataforma com os dias contados. Esta decisão, anunciada pela The Walt Disney Company nesta terça-feira (12), reflete uma mudança estratégica que visa unificar e fortalecer a presença digital da empresa na América Latina.
Quando o Star+ foi anunciado em 2020, a escolha de operar como um serviço de streaming independente gerou reclamações entre o público latino, que preferia ter tudo integrado no Disney+, como já ocorre em outras regiões, como Canadá, Austrália e Europa. Nos Estados Unidos, uma situação semelhante foi observada com a coexistência do Hulu e Disney+ como plataformas separadas. A unificação dos conteúdos do Hulu e Disney+ nos Estados Unidos, anunciada pelo CEO Bob Iger, já começou, e reacendeu as esperanças na América Latina de uma fusão similar entre Star+ e Disney+.
Anúncio oficial da fusão
Agora, a integração finalmente foi oficializada e o desejo dos assinantes será atendido: a partir do segundo trimestre de 2024, Disney+ e Star+ se tornarão uma única plataforma. Essa fusão significa que o catálogo do Disney+ vai absorver o acervo do Star+, que inclui uma vasta seleção de filmes e séries, além da programação ao vivo da ESPN.
O impacto em números
Atualmente, o Disney+ no Brasil oferece 442 séries, 933 filmes e 172 curtas. Em contraste, o Star+ possui 360 séries e 868 filmes, sem uma categoria de curtas-metragens. Com a fusão, o Disney+ praticamente dobrará seu conteúdo, ampliando significativamente as opções disponíveis para os assinantes.
Em termos percentuais, a lista de séries terá um aumento de 81%, enquanto a quantidade de filmes à disposição dos assinantes do Disney+ vai crescer ainda mais, 87%. Naturalmente, esses valores serão diferentes a cada semana, considerando que títulos entram e saem frequentemente. No entanto, nos dá uma boa ideia de como o Disney+ se tornará muito mais atrativo.
Além disso, a integração trará a programação ao vivo da ESPN, que conta com centenas de eventos toda semana, um número que costuma variar entre 300 e 600 eventos ao vivo, abrangendo modalidades esportivas que vão desde o futebol (com as principais ligas da Europa), passando por NFL, NBA, todos os grandes torneios de tênis e até mesmo esportes menos populares no Brasil como críquete, polo e rúgbi.
Diego Lerner, Presidente da Disney na América Latina, destacou: “Esta integração permitirá que a força inigualável de nossos conteúdos esteja disponível em um só aplicativo, proporcionando uma experiência melhorada e superior, além de um acesso simplificado aos assinantes, que estão sempre no centro de nossas estratégias.“
Novo preço do Disney+ e data da fusão
Hoje, o Disney+ custa R$ 33,90 ao mês ou R$ 279,90 por ano, ou seja, um desconto equivalente a quase quatro meses no plano anual. Já o Star+, que será descontinuado, tem o preço de R$ 40,90/mês e R$ 329,90/ano. Há ainda a opção do Combo+, nome do pacote contendo Disney+ e Star+, por R$ 55,90 mensais, sem opção de assinatura anual.
Com base nesses valores, e considerando que o preço da Netflix em seu plano mais caro no Brasil é o mesmo do Combo+, faz sentido pensar que a mensalidade não ficará muito diferente disso: R$ 55,90.
Em 2024, a América Latina também deve contar com a opção de um plano mais barato do Disney+, com veiculação de anúncios comerciais. Esse plano já está disponível nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Em outubro, a Disney revelou que mais de 50% dos novos assinantes estão optando por essa modalidade.
Embora detalhes como o novo preço da assinatura e a data exata da unificação ainda não tenham sido divulgados, espera-se que a fusão traga um aumento significativo na oferta de conteúdo do Disney+, tornando-o um dos principais players no mercado de streaming na América Latina, incluindo o Brasil.
Isso também dará fim a algumas situações estranhas, como séries e filmes lançados nos dois streamings ao mesmo tempo, conteúdo da National Geographic separado, títulos da Marvel Television que só existem no Star+, Os Simpsons com duas temporadas no Disney+ e todas no Star+, além, é claro, do pagamento de duas assinaturas para ter acesso aos conteúdos dos estúdios de uma mesma empresa.
ALELUIA, deviam ter feito isso há muito tempo, ninguém conhece star plus, disney todo mundo conhece
Finalmente, já era pra ter vindo pro Brasil dessa forma, isso de dividir conteúdo adulto de infantil pode ser gerenciado pelo controle parental. Tem q aproveitar e melhorar a segurança, a interface da plataforma e principalmente criar uma aba de calendário, seja pra novos conteúdos ou para saída deles.