Ao longo de sua história, a Pixar experimentou diferentes tipos de gêneros em seus filmes, desde comédia com Monstros S.A. (2001), super-heróis com a franquia Os Incríveis (2004 e 2018) até fantasia com Valente (2012), entre tantos outros. No entanto, a ficção científica foi a que rendeu alguns de seus melhores resultados.
A primeira tentativa do estúdio foi com Wall-E (2008), vencedor de Oscar de Melhor Filme de Animação. Agora, 14 anos depois, a Pixar retorna ao gênero com Lightyear, o filme dentro do universo Toy Story que Andy assistiu e o fez se apaixonar pelo brinquedo Buzz Lightyear.
Lightyear tem influências de vários outros filmes de ficção científica, como a franquia Star Wars, mas, ao abordar alguns conceitos, a animação também teve que se fundamentar em algum tipo de realidade. A Pixar é conhecida por fazer pesquisas exaustivas para criar seus filmes, desde estudo da vida subaquática para Procurando Nemo (2003) até aulas de culinária para Ratatouille (2007). Mas e quanto à precisão científica de Lightyear?
O conceito mais explorado no filme estrelado por Chris Evans (Marcos Mion na versão dublada) é a dilatação do tempo. Buzz tenta de todas as formas devolver sua equipe à Terra depois que eles aterrissam em um planeta desconhecido, mas, para isso, ele precisa alcançar a hipervelocidade.
O protagonista faz diversos testes com diferentes combinações de combustível, mas falha todas as vezes. E há um grande problema: cada minuto gasto em hipervelocidade equivale a um ano no planeta, o que significa que a tripulação de Buzz envelhece significativamente quando ele finalmente tem sucesso.
A participação da NASA
A dilatação do tempo está relacionada à Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein e afirma que “o tempo se move em relação ao observador, e quando um objeto está se movendo muito rápido, ele experimenta o tempo mais lentamente do que quando está em repouso“.
Assim, o tempo passa muito mais devagar para aqueles na superfície do planeta do que para Buzz enquanto ele está em hipervelocidade.
“Bem, note que ‘ficção-científica’ é com um ‘c’ pequeno e um ‘F’ grande neste universo de ficção científica”, explicou a produtora Galyn Susman em entrevista ao AV Club. “Mas, dito isso, a NASA foi extraordinariamente útil”.
O diretor Angus MacLane também falou da colaboração da Thomas Marshburn, da NASA, dizendo: “É claro que tomamos muitas liberdades… Mas há muita verdade nisso. E Marshburn tentou explicar a ciência da dilatação do tempo para nós com vários exemplos. E nós (ok, eu) realmente não percebemos isso.”
Ninguém pode esperar que os artistas da Pixar cheguem ao nível de cientistas de foguetes, e seus filmes sempre vão se adaptar para os melhores resultados do ponto de vista cinematográfico. No entanto, mais uma vez fica claro o quanto o estúdio se empenha em suas pesquisas para construir histórias que façam sentido para o público.
Lightyear está em exibição nos cinemas.
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