Os fãs da Pixar que residem na Malásia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait não poderão conferir o próximo filme da Pixar nos cinemas desses países. A cena contestada envolve uma nova personagem lésbica, a comandante espacial Alisha Hawthorne, dublada por Uzo Aduba, dando um beijo na boca de sua esposa, Kiko.
Segundo a Variety, Lightyear sequer foi submetido ao conselho de censura da Arábia Saudita, pois a Disney sabia que não seria aprovado. A história foi um pouco diferente nos Emirados Árabes Unidos, pois a animação havia sido oficialmente aprovada para lançamento. No entanto, após manifestações nas redes sociais acusando a Disney de insultar os muçulmanos e o Islã, o filme foi prontamente retirado da programação.
LIghtyear já colocou a Disney em apuros anteriormente. Em março, os funcionários da Pixar protestaram contra a remoção da cena do beijo entre as duas pessoas do mesmo sexo, afirmando não aceitariam as exigências da Disney de cortar “quase todos os momentos de afeto abertamente gay… independentemente de quando houver protesto tanto das equipes criativas quanto da liderança executiva da Pixar“.
Em abril, a produtora Galyn Susman explicou que o enredo foi beneficiado com a restauração da cena do beijo gay, defendendo que trata-se de um momento emocionante e que ajuda Buzz a entender quem ele realmente é.
“Sempre tivemos o casal de lésbicas. Eles sempre fizeram parte do filme. Poder colocar o beijo de volta era importante para nós. É um momento tocante. Ajuda o Buzz a ver o que ele é… É a vida que está sendo vivida na frente dele por sua melhor amiga, que ele não tem. Ele não tem esse tipo de relacionamento. Ele não tem um filho. Ele não tem o que ela tem“.
Arábia Saudita e Egito também impediram recentemente a exibição de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, devido à inclusão da personagem gay America Chavez na trama. Neste caso, a Disney se recusou a retirar um trecho de 12 segundos em que a America refere-se às suas “duas mães”.
No caso da Malásia, a LPF, autoridade de censura do país, apontou seis razões para vetar o novo filme da Pixar, entre eles que a animação poderia dar “ensinamentos insalubres” ao público e que a exibição de Lightyear poderia afetar negativamente as relações bilaterais entre a Malásia e a China.
Classificação indicativa de Lightyear
Faltando poucos dias para a estreia do filme, o portal do Ministério da Justiça, responsável por classificar as obras audiovisuais no Brasil, informa apenas a classificação indicativa do trailer do novo filme da Pixar, atribuindo a classificação “Livre”.
O site do Kinoplex afirma que a classificação do filme é “Livre”, enquanto o site do Cinemark diz: Classificação: Em breve. Nos Estados Unidos, Lightyear foi classificado como PG, que significa: Acompanhamento dos pais sugerido — algum material pode ser inadequado para crianças.
No Brasil, Lightyear estreia no dia 16 de junho.
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