Os seguidores e futuros assinantes do STAR+ foram surpreendidos nesta segunda-feira (09) com a retomada da campanha publicitária do novo streaming da Disney. Os anúncios, que haviam sido suspensos desde a última decisão da Justiça de São Paulo, voltaram a ganhar destaque na programação dos canais do grupo Disney e redes sociais do STAR+.
No final da tarde, como pode ser visto na captura de tela abaixo, o sistema de consulta de processos do Tribunal de Justiça de São Paulo registrou uma nova movimentação, indicando uma petição de desistência da ação.
Segundo apurou o UOL, o novo registro refere-se a um acordo amigável entre a The Walt Disney Company e Starz Entertainment, que teriam desistido do processo mediante um acordo no valor de R$ 50 milhões, a serem pagos pela Disney à Starz como forma de compensação por eventuais causados pelo uso do termo “Star” na marca do novo serviço de streaming.
Ainda de acordo com o portal, a Disney confirmou que não há mais impedimento jurídico para prosseguir com o uso do nome STAR+ no Brasil, restando apenas o rateio entre as partes de possíveis custas judiciais.
Como tudo começou
No começo de junho, faltando poucos meses para o lançamento da plataforma STAR+ na América Latina, um entrave na justiça brasileira veio à tona e ameaçou atrapalhar os planos da Disney de lançar seu segundo streaming na região.
A Starz argumentou no processo que o nome do STAR+ (STAR Plus), que exibirá conteúdo da Disney Television Studios, ABC, FX, 20th Century Studios, 20th Television, Touchstone, bem como originais STAR e programação esportiva ao vivo da ESPN, é muito parecido com a sua própria marca, Starzplay, e que isso poderia confundir os consumidores.
Duas semanas depois, a Disney conseguiu sua primeira vitória no processo, tendo a primeira instância da Justiça de São Paulo decidido que a palavra “Star” é um termo comum e usado de forma ampla no mercado.
A Starz recorreu da decisão e, um mês depois, conseguiu uma liminar impedindo o uso da locução “Star” pelo grupo Disney, sob pena de multa diária, caso utilizasse a marca Star+ novamente.
Em seguida, o juiz do caso não aceitou a alegação de risco de dano reverso, ou seja, a possibilidade de que o atraso causasse um prejuízo irreparável à parte contrária (Disney) ou um dano superior ao que se deseja evitar.
A Disney então ofereceu uma compensação financeira no valor de 50 milhões de reais à Starz, desde que o resultado final fosse favorável ao uso da marca STAR+. Uma nova audiência foi marcada para o dia 24/08 para apreciação final do processo e resolução do impasse, que, ao que parece, finalmente foi resolvido.
Sobre o STAR+
A nova plataforma chegará ao Brasil no dia 31 de agosto, em plena terça-feira, e tem como proposta complementar o Disney+, trazendo em um aplicativo separado entretenimento geral e esportes voltado ao público adulto.
O preço no Brasil ainda não foi revelado oficialmente, embora o código-fonte da página do Disney+ já exiba o valor de R$ 45,90 mensais pelo Combo+ (Combo Plus). Além disso, já foi dito no último Dia do Investidor da Disney, em dezembro, que os preços aproximados para a América Latina serão de US$ 7,50 por mês (ou o equivalente local) para o serviço independente ou disponível como um pacote com o Disney+ por aproximadamente US$ 9,00 por mês (ou o equivalente local). Esses valores convertidos correspondem a aproximadamente R$ 39 e R$ 47 na cotação atual do dólar.
Assim, os futuros assinantes terão três opções na América Latina: • Assinar apenas o Disney+ • Assinar somente o Star+ • Assinar o Combo+, um pacote com desconto contendo os dois serviços
