Ser ator é muito mais do que apenas interpretar um papel: é mergulhar na psique de um personagem, adotando seus gestos, trejeitos e, muitas vezes, até sua maneira de falar. Tom Holland, mundialmente conhecido por sua interpretação do Homem-Aranha nos filmes da Marvel, confessou que sua profunda imersão no papel levou-o a um inesperado efeito colateral: ele perdeu o seu tradicional sotaque britânico.
Apesar de toda a técnica envolvida na atuação, como capturar os gestos e mimetizar as expressões do personagem, muitos diriam que a tarefa mais árdua é adaptar a entonação, vocabulário e sotaque específicos do personagem. Para que a atuação seja crível, esse elemento da fala deve ser meticulosamente trabalhado.
Do sotaque de Kingston ao tom americano
Desde que os novos filmes do Homem-Aranha o lançaram ao estrelato internacional, Tom Holland se consolidou como um dos atores mais conhecidos de sua geração. Sua presença marcante nos filmes dos Vingadores, bem como nas aventuras solo de seu personagem, exigiu dele um profundo comprometimento com o papel de Peter Parker.
Esse compromisso, no entanto, teve suas consequências: o jovem ator notou que, mesmo fora das câmeras, passou a adotar um sotaque americano. Ao aparecer no The Graham Norton Show, Holland revelou um episódio peculiar:
“Não consigo mais atuar com sotaque inglês. Outro dia, gravei um comercial como Tom Holland, e me peguei dizendo: ‘E aí, pessoal, como estão?’. E eles me lembraram: ‘Você é de Kingston, lembra?’“
É certamente intrigante imaginar um ator que, após anos interpretando um personagem, absorveu inconscientemente tal característica.
A influência da Marvel
Embora possa parecer exagerado dizer que Holland “perdeu a si mesmo”, é certamente impressionante que ele, após passar a maior parte de sua vida na Inglaterra, agora converse com um sotaque americano, mesmo quando não está atuando.
Esse fenômeno destaca a imersão e dedicação que papéis icônicos, como o de Peter Parker, exigem dos atores. E, no caso de Tom Holland, a Marvel não só moldou sua carreira mas também, de certa forma, sua identidade.