A alta tecnologia usada por James Cameron emAvatar: O Caminho da Águacausou problemas nas projeções do filme em salas de cinema no Japão. A produção, que é sequência do sucesso que bateu recordes de bilheteria há 13 anos, é notória por seus incríveis visuais conseguidos através de recursos tecnológicos mais avançados de Hollywood. Traçando muitos precedentes para o futuro do cinema, a franquia tem alguns dos maiores orçamentos da indústria.
Contudo, nem sempre esse investimento todo consegue ser traduzido para qualquer forma de exibição. No Japão, por exemplo, houve problemas nos cinemas, já que a taxa de quadros por segundo de Avatar 2 é 48 fps, o que requer os projetores mais modernos do mercado. Por isso, de acordo com um relatório da Bloomberg, algumas salas tiveram que reduzir esse número para 24 fps, que é o mais usado em filmes.
Vários cinemas no Japão estão tendo problemas com os 48 fps, incluindo filiais da United Cinemas Co., Toho Col e Tokyu Corp. Os estabelecimentos que suportam o High Frame Rate (HFR) não são tão comuns. Filmes anteriores que usaram essa tecnologia são a trilogia O Hobbit, de Peter Jackson, e Projeto Gemini, de Ang Lee, por exemplo.
A tecnologia HFR é o futuro do cinema?
As altas taxas de quadros por segundo já melhoraram desde a trilogia de Jackson de 2012-2014 e empresas como a TrueCut Motion – usando uma tecnologia avançada de suavização – estão trabalhando para tornar o formato mais aceitável para o público moderno.
No caso de Avatar 2, essa técnica ainda se mostra com alguns problemas, além do visto no Japão, já que alguns espectadores podem ficar perturbados com a sensação que as cenas passam à percepção humana. No entanto, com Cameron insistindo em fazer uso desse recurso em sua grande franquia, pode ser que o futuro do cinema incorpore esse visual. No mínimo, muitos cineastas e público terão que se adaptar a um novo padrão de taxa de quadros em lançamentos futuros.
