Nos últimos meses, uma discordância judicial tem se dado entre a Starz e a Disney, em função do uso da palavra “Star” na plataforma Star+ na América Latina. O streaming estreia no dia 31 de agosto e pretende trazer a programação adulta da marca para a região, incluindo conteúdo esportivo ao vivo da ESPN.
No último mês, o processo terminou a favor da Disney quando a Justiça de São Paulo definiu que a palavra poderia ser usada pela empresa. Contudo, segundo o site VCFAZ, ontem (23), saiu o resultado do recurso da Starz na justiça, alegando ter prioridade sobre o uso da marca Starzplay. Desde o começo da batalha, a companhia vem afirmando que as duas empresas oferecem serviços semelhantes e que os nomes podem causar confusão no público.
Ainda de acordo com as informações, o relator Jorge Tosta, da 2º Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, deferiu o pedido de antecipação da aprovação do recurso.
Nesse novo requerimento, a Starz alegou que a palavra “Star”, sendo a locução de destaque nos dois termos, é o que provavelmente será usado pelo grande público consumidor. O relator disse: “Obviamente um consumidor, ao referir-se aos serviços de streaming ofertados pelas partes, não o fará dizendo que assistiu um filme pela ‘STARZPLAY’ ou pela ‘STARPLUS’, mas simplesmente pela ‘STAR””.
Inclusive, um exemplo usado pela marca é uma promoção da operadora Claro, que anunciou um pacote com a inclusão da plataforma Starzplay, porém usou uma imagem e logotipo do Star Premium, grupo de canais pertencentes à Disney.
O relator também disse que o recurso foi deferido, embora ainda esteja aguardando aprovação oficial. Dessa forma, suscetível à aplicação de multa diária, a Disney não poderá mais utilizar a palavra em questão nos nomes de suas plataformas – seja como Star+ ou Starplus.
Desse modo, parece que restam as seguintes opções à Disney, caso não seja do interesse da empresa prosseguir com a disputa judicial no Brasil, que, como sabemos, pode demorar meses: – Rebatizar o Star+ com outro nome e refazer toda a campanha de marketing em cima da nova marca; – Entrar em acordo com a Starz, pagando pelo uso da marca na região contestada; – Adotar a mesma estratégia usada na Europa, Canadá e Oceania, inserindo o conteúdo do Star no Disney+ e lançando o conteúdo esportivo separadamente, assim como faz nos Estados Unidos com o ESPN+; – Usar a mesma abordagem usada na India, onde todo o conteúdo, incluindo os esportes ao vivo, é disponibilizado em uma única plataforma, o Hotstar.
De um jeito ou de outro, teremos que aguardar pra ver as cenas dos próximos capítulos.
O novo serviço de streaming da Disney tem previsão de estreia para 31 de agosto na América Latina.
