Ao mesmo tempo em que são o maior legado e também os maiores responsáveis pelos sucessos de filmes, livros e séries, alguns fãs também podem ser tóxicos e fazer comparações desnecessárias. É o que vem acontecendo há décadas com Harry Potter, O Senhor dos Anéis e Percy Jackson, franquias que fizeram um sucesso astronômico nos livros e também nos filmes. Mesmo que carreguem seus próprios legados, não há como negar as semelhanças no nível de ficção científica. Enquanto o primeiro é voltado para o mundo bruxo, o segundo segue a história da mitologia fantástica e o terceiro é todo voltado para o ramo da mitologia grega.
Harry Potter e a Pedra Filosofal explodiu nos cinemas em 2001, quando o primeiro filme chegou às telas. O lançamento apenas abriu as portas para a franquia de JK Rowling, que ainda chegaria a mais sete filmes no futuro, com o último sendo lançado em 2011.
O sucesso literário virou um fenômeno global, ganhando perto de um bilhão de dólares durante sua corrida cinematográfica. Hollywood entrou em um tumulto para conquistar os direitos do maior número possível de romances, num esforço para capitalizar o novo desejo do público de uma grande fantasia trazida das páginas à tela.
Além de Harry Potter, apenas a Saga Crepúsculo e Jogos Vorazes conseguiram chegar a conclusões naturais de sucesso com seus lançamentos, enquanto outros não conseguiram passar do primeiro filme. Houve ainda casos onde tivemos sequência, mas que, após chegarem aos seus últimos lançamentos, os fãs continuaram criticando e pedindo para que mais um filme ou série não fosse lançado. Foram os casos de Divergente e Percy Jackson, cujas histórias foram abandonadas após uma ou duas sequências.
Em uma nova entrevista, a estrela dos filmes de Rick Riordan, Alexandra Daddario, admitiu que desconhecia a pressão que vinha ligada a Percy Jackson quando aceitou o desafio de viver Annabeth Chase.
Alexandra Daddario em Percy Jackson e o Ladrão de Raios
Ela confessa que não sabia que a franquia era tanto uma adorada série de livros quanto a última tentativa de replicar a fórmula de sucesso que havia funcionado tão bem para a trama de O Menino que Sobreviveu:
“Eu amava Harry Potter e sabia que era estruturalmente similar, mas para mim, naquela época, quando eu fui escalada para Percy Jackson, eu tinha 22 anos. Para mim, eu estava apenas pensando, ‘Oh meu deus, eu vou fazer um filme!’ Agora eu sou mais velha e já estive em filmes o suficiente, já sofri pressão inúmeras vezes principalmente no ciclo para a imprensa e todas as coisas envolvidas com a mídia. Então eu tenho uma noção melhor do quão importante isso é ou se aquilo é um filme que vai funcionar ou não. Naquela época eu só estava pensando que faria um filme”.
Daddario ainda continuou:
“Eu não pensei sobre a pressão que seria e nem nada parecido. Eu não entendia o que iria acontecer no filme ou os conceitos de orçamento e bilheteria do primeiro fim de semana. Tudo isso eu aprendi através do filme, então toda a pressão que eu senti foi apenas para fazer um trabalho bom. Eu apenas queria entregar um bom trabalho e me divertir e essa foi a única pressão que eu coloquei em mim mesma. Eu não pensava, ‘Isso é semelhante a Harry Potter?’ ou ‘Será que isso vai funcionar’’?
A duologia de Percy Jackson foi um fiasco, com as duas produções acumulando US$ 428 milhões na bilheteria, com custos de produção combinados em US$ 185 milhões, tornando as margens de lucro pequenas o suficiente para descartar a ideia de continuar a história. Felizmente, o Disney+ poderá ser a redenção de Percy Jackson, com a série sendo desenvolvida de perto por Rick Riordan.
Embora já esteja confirmada pelo Disney+, a série Percy Jackson e os Olimpianosainda não tem uma data oficial de estreia. Os dois filmes da franquia estão disponíveis no Disney+.
O box especial em português com os 5 livros da saga que consagrou o autor Rick Riordan está à venda na Amazon.
