O diretor Quentin Tarantino contou que lutou contra um produtor para não ter que escalar Johnny Depp em um de seus filmes de maior sucesso. O ator, conhecido por estrelar a franquia Piratas do Caribe como o Capitão Jack Sparrow, foi boicotado por Hollywood após suas polêmicas envolvendo abuso doméstico contra Amber Heard. No entanto, parece que antes disso ele já havia sido rejeitado de grandes projetos.
Em um episódio recente do podcast 2 Bears, 1 Cave, da NME, o diretor de Era Uma Vez em Hollywood e Bastardos Inglórios compartilhou histórias sobre o difícil processo de escalação para Pulp Fiction: Tempo de Violência, um de seus trabalhos mais importantes. Ele lembrou de ter uma lista enorme com nomes de atores que ele queria que fizessem parte de seu filme, e Depp não era um deles.
“Eu não sabia exatamente quem eu queria que interpretasse qual papel, então escrevi uma lista gigante com um montão de nomes”, Tarantino disse. “Eu queria que todos fossem pré-aprovados com certeza e não sabia se ia dar certo, se eu me daria bem com a pessoa ou se eles fariam um bom trabalho, mas eu queria que eles fossem aprovados“.
O estúdio ficou surpreso com a escolha
Ele revelou que o produtor Mike Medavoy viu a lista e insistiu que Johnny Depp deveria fazer o papel de Pumpkin (Ringo). No entanto, de acordo com Tarantino, o estúdio ficou perplexo quando ele disse que queria que Tim Roth ou até Christian Slater vivessem o personagem ao invés de Depp.
Ele questionou: “Você acha que Johnny Depp fazendo o papel de Pumpkin neste filme – sendo que serão somente a cena de abertura e a cena final – você acha que isso vai acrescentar muito à bilheteria?“
“Não vai acrescentar um centavo, mas me faria sentir melhor“, Medavoy respondeu, de acordo com o diretor.
Eventualmente, o produtor acabou saindo do projeto de Pulp Fiction e Tarantino foi capaz de escalar Tim Roth, com quem ele trabalhou anteriormente em Cães de Aluguel, no papel.
