A primeira em vez que vimos Kang, o Conquistador no MCU, foi nos últimos segundos da primeira temporada de Loki, quando uma enorme estátua do vilão apareceu em uma versão diferente da AVT (Autoridade de Variância Temporal). Na série, Jonathan Majors interpretou Aquele Que Permanece, uma Variante de Kang responsável por preservar a Linha do Tempo Sagrada.
Na Cidadela no Fim dos Tempos, Loki e Sylvie aprenderam, ou foram levados a acreditar, que tudo o que acontecia em suas vidas era roteirizado e que o livre-arbítrio era apenas uma ilusão criada por ninguém menos que ele mesmo, Aquele que Permanece.
E uma diferença que está evidente entre Aquele Que Permanece e o Kang que vimos em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é que o primeiro não tem cicatrizes no rosto.
Esta última versão de Kang é muito mais séria e tem duas marcas distintas em seu rosto. Alguns podem pensar que Kang obteve essas cicatrizes durante as décadas que passou no Reino Quântico, mas a verdade é um pouco mais complicada.
Por que Kang tem cicatrizes em seu rosto?
As duas cicatrizes no rosto de Kang em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania parecem bastante severas, mas são praticamente simétricas. O filme não explica a origem desses sinais, e não sabemos como e se o MCU vai explicar isso.
No entanto, a Marvel Comics tem a resposta. Nos quadrinhos Kang the Conqueror #1, conhecemos as origens de Kang. No século 31, o jovem Nathaniel Richards está em seu próprio tempo e espaço, bem e livre de preocupações. Mas ele então conhece Kang, uma versão adulta de si mesmo do futuro, que voltou no tempo para o treinar nos caminhos do mal. Kang induz frieza e brutalidade neste eu mais jovem para torná-lo um vilão formidável.
Os dois viajam de volta aos tempos pré-históricos, quando os dinossauros dominavam a Terra. Kang ensina lições valiosas, do seu ponto de vista, ao jovem Nathaniel, mas a regra mais importante é nunca se apaixonar. No entanto, é exatamente isso que acontece.
Nathaniel conhece Adi, uma bela jovem de uma tribo pré-histórica, e ele acaba a salvando de um T-Rex. Ele ganha a gratidão de seu clã, e o ancião da tribo o recompensa com marcas azuis honrosas no rosto. Portanto, as marcas não eram realmente cicatrizes nos quadrinhos, mas sim traços pintados pela tribo de Adi.
Vendo que Nathaniel falhou em seguir as regras e se apaixonou por Adi, Kang fica furioso e se recusa a salvar Adi e sua tribo de uma chuva de meteoros que se aproxima. Em vez disso, ele mata ela e toda a aldeia um dia antes da queda dos meteoros.
Nathaniel fica arrasado e com o coração partido e, em um acesso de raiva, rouba o traje de Kang e o deixa para morrer pelo impacto dos meteoros enquanto ele viaja de volta ao futuro. É claro que ele nunca esqueceu esse incidente, pois manteve as marcas no rosto e, posteriormente, as adicionou à máscara.
Não se sabe se ele as usava como uma homenagem a Adi ou como um lembrete constante para nunca deixar seus sentimentos atrapalharem novamente, mas a experiência claramente dexou uma impressão permanente no vilão que viaja no tempo.
Como o MCU pode explicar as cicatrizes de Kang
Quanto às cicatrizes no rosto do Kang do MCU, ainda não sabemos se a adaptação para as telas seguirá a mesma trama dos quadrinhos. Talvez o único propósito dessas marcas seja nos ajudar a distinguir essa versão de Kang das outras, ao mesmo tempo em que lembra os quadrinhos e a aparência reconhecível deste Kang.
O MCU poderia criar uma história de fundo diferente para explicar sua aparência. Faria sentido se, nesta iteração, ele gravar as cicatrizes em seu próprio rosto para tornar as marcas da tribo permanentes.
Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.
