A Disney processou o governador da Flórida, Ron DeSantis, e membros do conselho que ele nomeou para supervisionar o distrito especial do Walt Disney World. A polêmica começou no ano passado após a empresa ter publicamente criticado a agora rotulada lei educacional “Don’t Say Gay” do estado americano. E parece que as duas partes vão continuar sua batalha no tribunal.
No ano passado, sob pressão de seus funcionários, a Disney criticou a legislação da Flórida que proíbe discussões em sala de aula sobre orientação sexual e identidade de gênero para jovens estudantes. O governador do estado, Ron DeSantis, começou a chamar a empresa de “lacradora” e a prometer mostrar quem manda.
Em um e-mail de arrecadação de fundos, o político escreveu: “Se a Disney quer brigar, eles escolheram o cara errado”.
Desde então, os legisladores da Flórida, a pedido de DeSantis, passaram a atacar a empresa, que é a maior contribuinte para as riquezas do estado, usando uma série de táticas hostis.
Em fevereiro, por exemplo, eles acabaram com a capacidade dos parques de controlar a área de seu resort de 100 Km² com autonomia. A medida mais recente, no entanto, aconteceu na semana passada, quando DeSantis anunciou planos de submeter a Disney a novos regulamentos de inspeção de passeios.
A Disney está revidando
A empresa tentou manter-se protegida diante das ameaças e ações do governo, mas parece que uma providência mais dura está sendo tomada. Ontem (26), a Disney entrou com um processo contra DeSantis e um conselho de cinco membros que supervisiona os serviços governamentais na Disney World em um tribunal federal.
A dona dos maiores parques do mundo declarou seus motivos para o processo em um comunicado compartilhado via Bloomberg.
“Uma campanha direcionada de retaliação do governo – orquestrada a cada passo pelo governador DeSantis como punição pelo discurso protegido da Disney – agora ameaça as operações comerciais da Disney, põe em risco seu futuro econômico na região e viola seus direitos constitucionais”, diz a empresa.
Além disso, a Disney também pediu uma ordem judicial para declarar as ações do governador ilegais.