Kristoff precisa de mais desenvolvimento em Frozen 3. Caso o filme chegue a ser produzido, o personagem merece mais tempo e impacto na história para compensar sua marginalização em Frozen 2. Ao se concentrar fortemente em Elsa e Anna, a primeira sequência deixou o vendedor de gelo de lado e seu arco teve menos destaque do que os outros do filme.
De modo geral, a franquia é principalmente sobre o vínculo e o desenvolvimento das protagonistas como irmãs e como indivíduos, e sobre a jornada de autodescoberta de Elsa, da qual Anna é um componente importante. O romance não é um elemento tão forte em Frozen quanto o público está acostumado a ver em outras histórias. Embora ele seja abordado no filme e envolva os personagens centrais, a verdadeira história de amor gira em torno da família.
Contudo, o início do relacionamento romântico entre Kristoff e Anna, na animação de 2013, consegue ganhar um certo destaque ao estar presente durante todo o enredo e se ligar com o restante dos conflitos do filme. Já em Frozen 2, o ponto mais relevante do personagem é em seu número musical, “Não Sei Onde Estou”. Este também pode ser considerado o único momento de desenvolvimento que ele recebe na trama.
Kristoff é considerado um dos protagonistas de Frozen e, desde o começo, seus principais objetivos giram ao redor de Anna, seu par romântico. Mas assim como as princesas da Disney merecem ter uma vida fora de seus relacionamentos, seus parceiros também.
Além disso, o personagem dublado por Jonathan Groff tem muito a ser explorado. No primeiro filme, é revelado que Kristoff foi criado por trolls. Como isso aconteceu e quem é a sua família segue sendo um mistério. Seu passado e seus conflitos internos também são desconhecidos.
Frozen é sobre família e, como parte da família, Kristoff precisa receber a atenção que merece de forma mais satisfatória.
