Bob Iger, ex-CEO da The Walt Disney Company, acredita que a TV tradicional e muitos serviços de streaming estão fadados ao fracasso. Esse tipo de distribuição de conteúdo tem sido a forma mais popular de entregar novas séries e filmes ao público, especialmente depois do sucesso da Netflix, quando muitas empresas criaram suas próprias plataformas. Desde 2020, com a pandemia, a prática se tornou ainda mais predominante, com as emissoras de televisão cada vez mais escassas e os cinemas menos frequentados.
Esta semana, Bob Iger, que deixou o cargo de presidente da Disney há quase um ano, falou sobre o formato atual de consumo de mídia, discutindo serviços como Netflix, Apple TV+, Amazon Prime Video, HBO Max, Discovery+ e Disney+. Falando com o The Hollywood Reporter durante a Code Conference, ele expressou sua crença de que apenas as plataformas maiores e com mais recursos sobreviverão, enquanto o resto chegará ao fim da linha.
“Acredito que a Netflix continuará a prosperar. Eles têm alguns problemas agora, mas eles não vão embora”, disse Iger. “Eu também claramente acredito muito no Disney+ devido a sua propriedade intelectual e sucesso até agora”.
“Eles não são negócios primários para eles e são medidos, provavelmente, por padrões diferentes em termos de resultados, e servem a outros propósitos nessas empresas”, ele continuou, discorrendo sobre outros streamings como a Amazon e a Apple TV+. “Mas eles não vão aguentar firmes. Eles vão continuar a crescer e vão crescer bem. Eles têm bolsos fundos. Eles têm ótimo acesso aos consumidores. Eles têm plataformas tecnológicas fortes. Eles provaram que sabem fazer isso. Então eles ficam”.
Outras plataformas de streaming
Quanto aos outros serviços, que ele se recusou a nomear especificamente, Bob ofereceu uma previsão menos próspera: “Eles têm uma situação difícil de superar e é preciso muito capital para estar nesse negócio. Eu não acho que todos eles vão conseguir”.
Por sorte, o caso da Disney é muito mais seguro do que algumas outras plataformas. Anteriormente, o atual CEO da empresa, Bob Chapek, explicou que eles não pensam na sala de cinema como a única maneira de construir uma franquia. De acordo com ele, a administração do negócio a longo prazo visa uma expansão global dos serviços de streaming.
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