Os filmes da Marvel Studios são recheados de detalhes ocultos, cenários complexos e tramas que refletem o mundo real. No entanto, em uma recente revelação, ficamos a par de uma situação que muitos fãs do MCU não conheciam: uma linha específica de diálogo foi censurada pelo Pentágono no filme Homem de Ferro, estrelado por Robert Downey Jr.
Para os que desconhecem, a Pentagon’s Hollywood Liaison Unit é uma unidade criada em 2002, após os ataques de 11 de setembro, pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O objetivo principal dessa unidade é promover uma imagem positiva das forças armadas dos EUA em produções cinematográficas e televisivas, estabelecendo e mantendo relações entre o Pentágono e a indústria de Hollywood.
A censura em Homem de Ferro
Muitos filmes da Marvel Studios colaboraram com o exército dos EUA, incluindo a trilogia Homem de Ferro, Capitão América: O Primeiro Vingador e Capitã Marvel. Para utilizar equipamentos, uniformes e logotipos militares reais, os produtores precisam da cooperação e aprovação do Departamento de Defesa.
O novo livro MCU: The Reign of Marvel Studios, escrito por Joanna Robinson, Dave Gonzales e Gavin Edwards, revela que uma linha específica do primeiro filme do MCU, Homem de Ferro, foi censurada pelo exército norte-americano. Phil Strub, ex-chefe da unidade de ligação de Hollywood do Pentágono, recordou um momento de tensão durante as filmagens do filme de 2008.
O confronto com Jon Favreau e a frase alterada
O livro relata um conflito significativo entre Strub e o diretor de Homem de Ferro, John Favreau, sobre uma única frase no script. A linha de diálogo em questão era dita por um militar, que mencionava que “se mataria pelas oportunidades que Tony Stark tem”. Strub estava preocupado com a possível alusão a suicídio pela frase, levando a um debate acalorado entre ele e Favreau durante as filmagens.
Jon Favreau, que tinha o hábito de improvisar diálogos com Downey durante as gravações, não via a problemática da frase da mesma forma que Strub. No entanto, depois de uma discussão intensa, Favreau sugeriu uma alternativa, propondo que o militar diria algo como estar disposto a “caminhar sobre brasas quentes”. Strub aprovou imediatamente a nova frase, surpreendendo o diretor pela rapidez da decisão.
Curiosamente, apesar do debate sobre a frase, nenhuma das versões foi incluída na versão final do filme. E, assim, mais um episódio curioso sobre os bastidores do universo Marvel vem à tona, mostrando como a influência militar pode se estender até mesmo aos detalhes de uma produção cinematográfica.
Todos os filmes do Homem de Ferro estão no catálogo do Disney+.
Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.
