Florence Pugh tem cenas íntimas censuradas em Oppenheimer

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O novo filme Oppenheimer, dirigido por Christopher Nolan e estrelado por Florence Pugh, foi envolvido em polêmica devido a algumas cenas explícitas com a atriz. Pugh interpreta a figura real Jean Tatlock, uma psiquiatra, repórter e membro do Partido Comunista, que teve um relacionamento complexo com o físico J. Robert Oppenheimer, interpretado por Cillian Murphy.

Uma cena de sexo específica no início do filme mostra Pugh completamente nua. A sequência acontece enquanto a personagem de Pugh conversa sobre o texto sagrado hindu, o Bhagavad Gita, com o personagem de Cillian Murphy.

A controvérsia surge do fato de que Índia e Paquistão estão se recusando a exibir Oppenheimer com as cenas de nudez de Pugh intactas, optando em vez disso por lançar o filme com a atriz desfocada durante esses momentos. Ainda mais estranho, algumas versões do filme substituíram a nudez de Pugh por um vestido preto criado digitalmente, uma escolha curiosa dado o conhecido gosto de Christopher Nolan por efeitos práticos em seus filmes, evitando o uso extensivo de CGI.

A decisão de censurar as cenas com Florence Pugh levantou questões, considerando a reputação de Nolan como um cineasta que defende menos dependência de gráficos digitais no cinema. Considerando sua habilidade em replicar o teste nuclear Trinity do Projeto Manhattan sem o uso de CGI, o uso de alterações digitais mal renderizadas em Oppenheimer tem sido objeto de críticas.

A polêmica do uso de textos sagrados

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Além disso, o filme enfrenta problemas na Índia não apenas por suas cenas de nudez, mas também por um elemento específico relacionado a religião. Em uma cena, Cillian Murphy recita um verso do Bhagavad Gita, “Me tornei a morte. O destruidor de mundos“, uma citação famosamente associada à Experiência Trinity, o primeiro teste de arma nuclear da história.

Essa inclusão tem sido rotulada como um “ataque às crenças religiosas” por alguns funcionários do governo indiano, gerando acusações de uma conspiração maior contra a comunidade hindu.

Apesar da controvérsia em torno do conteúdo do filme, Oppenheimer conta com um elenco de estrelas, incluindo Robert Downey Jr., Matt Damon e Emily Blunt, entre outros. O filme explora a vida de J. Robert Oppenheimer, uma figura historicamente controversa, o que torna ainda mais peculiar o foco das críticas nessas cenas específicas.

Conforme o debate continua, os criadores e distribuidores do filme enfrentam o desafio de equilibrar a expressão artística com a sensibilidade cultural, provocando discussões sobre os limites da liberdade criativa e o respeito às crenças religiosas. As reações a Oppenheimer destacam as complexidades de trazer figuras históricas e eventos para as telas, navegando tanto na visão artística quanto nas diferentes culturas no mundo.

O que é o Bhagavad Gita?

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O Bhagavad Gita, frequentemente referido como Gita, é um texto clássico hindu que faz parte do épico Mahabharata, uma das principais escrituras sagradas do hinduísmo. O Gita é uma obra filosófica e espiritual composta por um diálogo entre o príncipe guerreiro Arjuna e o deus Krishna, que assume o papel de seu auriga ou cocheiro.

O diálogo ocorre no campo de batalha de Kurukshetra, momentos antes do início de uma grande guerra. Arjuna, angustiado pelas implicações morais e éticas da guerra contra seus próprios parentes, mestres e amigos, questiona seu dever e se deve ou não lutar. Krishna, como seu guia e conselheiro espiritual, oferece ensinamentos profundos e orientação em resposta aos dilemas de Arjuna.

O Bhagavad Gita aborda uma ampla variedade de temas filosóficos, incluindo moralidade, dever, livre-arbítrio, destino, devoção, conhecimento e renúncia. Além disso, explora conceitos espirituais e metafísicos, como a natureza da alma (atman), o conceito de Deus (Brahman) e o caminho para alcançar a libertação (moksha) do ciclo de nascimento e morte (samsara).

Considerado um dos textos mais importantes do hinduísmo, o Bhagavad Gita tem sido amplamente estudado e comentado por filósofos, teólogos e estudiosos ao longo dos séculos. Sua mensagem atemporal continua a inspirar e guiar muitas pessoas em sua busca espiritual e compreensão do propósito da vida. O Gita é valorizado não apenas por hindus, mas também por pessoas de várias outras tradições religiosas e espirituais em todo o mundo, devido à sua profundidade filosófica e suas lições universais sobre a conduta humana e a busca pela verdade espiritual.

Oppenheimer está em exibição nos cinemas.

Foto do autor

Leo Carvalho

Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.

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