No coração de Hollywood, Elon Musk, conhecido por suas incursões audaciosas no mundo empresarial e tecnológico, compareceu inesperadamente à estreia de Lola, um filme independente dirigido por Nicola Peltz. Este evento provocou uma onda de especulações sobre suas intenções, especialmente quando insinuou estar avaliando a aquisição de grandes empresas, com a Disney sendo um possível alvo.
A presença de Musk no evento, aparentemente despretensiosa, ganhou diferentes interpretações, dado seu histórico recente com Bob Iger, CEO da Disney, e as críticas públicas de Nelson Peltz, pai de Nicola, à gestão da empresa.
A resposta de Musk à pergunta de um repórter sobre sua presença na estreia só fez alimentar as especulações: “Estou apenas aqui com amigos… Pensando em quais empresas adquirir”.
Um histórico de conflitos
Não é segredo que Musk enfrentou polêmicas, inclusive com a Disney, após comentários em sua plataforma X, antes chamado Twitter. Esses incidentes levaram à retirada de anunciantes, incluindo a própria Disney.
Em novembro de 2023, durante o evento Dealbook Summit do New York Times, Elon Musk foi categórico ao ser questionado sobre os líderes das empresas que decidiram parar de anunciar no X/Twitter, mencionando especificamente o nome de Bob Iger, o principal executivo da Disney:
“Alguém vai tentar me chantagear com publicidade? Alguém está tentando me chantagear com dinheiro? Vá se f*****”. Diante do silêncio do entrevistador e da audiência, ele repetiu pausadamente: “VÁ SE F*****. Está claro? Espero que sim.”
Elon Musk sugere que está pensando em comprar a Disney
Há alguns dias, houve mais uma escalada no conflito entre a Disney e Elon Musk. O bilionário usou o X/Twitter para revelar alguns documentos e acusar a Disney de contratação discriminatória.
Em seguida, o dono da SpaceX criticou a Casa do Mickey por “racismo e sexismo institucionalizados e obrigatórios”. Muitos seguidores se manifestaram em apoio a Musk e até pediram ao bilionário para comprar a Disney.
Um usuário da plataforma disse: “Elon, você pode comprar a Disney e consertá-la?“
Elon Musk deu uma resposta bastante enigmática a essa pergunta, simplesmente postando um emoji pensativo “🤔”, indicando que ele está refletindo sobre isso.
Embora esta parecesse ser a resposta mais comum, alguns fãs queriam que Musk reinventasse a Disney e se mobilizaram com slogans de “Faça a Disney grande novamente.”
As postagens recentes de Musk contra a Disney, combinadas com o conflito em andamento de Gina Carano, parecem ter realmente iniciado a questão de se o bilionário poderia comprar a Disney como comprou o Twitter.
A viabilidade da aquisição
Embora não seja impossível para Musk, é altamente improvável que ele possa comprar a empresa inteira. Por um lado, seria extremamente arriscado financeiramente. A Disney poderia custar quase cinco vezes mais do que o Twitter custou, e é improvável que o conselho concordasse com esta aquisição.
Além disso, a altíssima capitalização de mercado da Disney apresenta outro obstáculo a essa possibilidade. A atual capitalização de mercado da Disney está em torno de US$ 180 bilhões, o que não está muito distante do próprio patrimônio líquido de Musk, cerca de US$ 200 bilhões.
Portanto, Musk não deve comprar a Disney, pelo menos neste momento.
Apesar da riqueza de Musk, a compra da Disney representaria um desafio de proporções épicas. A aquisição não só exigiria uma soma astronômica, como também enfrentaria obstáculos legais e regulatórios significativos. A resposta enigmática de Musk ao fã no X/Twitter, um emoji pensativo, apenas alimentou as especulações sem oferecer uma resposta definitiva.
Embora a ideia de Musk adquirir a Disney pareça mais uma fantasia do que uma possibilidade real, o mercado e os fãs permanecem atentos às suas movimentações. Suas ações e comentários continuam a provocar discussões acaloradas sobre o futuro da Disney e se uma liderança sob o comando de Musk poderia, de fato, “fazer a Disney brilhar novamente”, como sugerem alguns de seus seguidores.
As implicações de tal aquisição, tanto para a Disney quanto para o mercado de mídia e entretenimento, seriam imensas. No entanto, sem uma declaração oficial de intenção de compra por parte de Musk ou um posicionamento da Disney, tudo o que resta são especulações e a curiosidade sobre o que o futuro pode reservar para a Casa do Mickey.
Luiz Junqueira é engenheiro da computação e escreve sobre entretenimento há mais de 12 anos, com um olhar analítico sobre filmes, séries e quadrinhos. Combina sua formação técnica com uma grande paixão pelo universo da cultura pop, se dedicando a trazer para os leitores artigos informativos e precisos.
