Disney trabalha para alcançar Netflix: ‘Precisamos estar no nível deles’

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O panorama do streaming tem se mostrado cada vez mais competitivo, com o Disney+ trabalhando incansavelmente para se equiparar à Netflix em termos de capacidade tecnológica e margem de lucro. Durante a conferência de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Morgan Stanley deste ano, Bob Iger, CEO da Disney, expressou seu compromisso em manter o foco diante dos desafios impostos por investidores, visando a prosperidade e o crescimento sustentável da empresa.

A gestão da The Walt Disney Company enfrenta pressões externas significativas, especialmente de grandes grupos de acionistas, propondo mudanças estratégicas para “restaurar a magia” da companhia.

Estas propostas incluem a introdução de um novo “incentivo de margem de streaming” para executivos, visando atingir uma margem semelhante à da Netflix de 15-20% até 2027, além da revisão e possível limitação de investimentos no Hulu nos Estados Unidos.

A estratégia dos investidores sugere ainda a eliminação gradativa da marca Hulu em favor de uma consolidação completa com o Disney+, reorganização da ESPN para uma versão totalmente direcionada ao consumidor, mais oportunidades de pacotes e um orçamento maior para projetos de menor custo e mais fáceis de produzir.

Bob Iger enfatizou a complexidade na gestão da Disney, destacando a necessidade de um conhecimento profundo do negócio e dedicação de “foco e tempo tremendos”.

“Estamos nisso todos os dias e, quando você passa de consertar — o que foi significativo — e levantar pesos pesados para construir, para realmente criar um crescimento significativo para nossos acionistas, a única maneira de alcançar isso é por meio do foco. E esta campanha é de certa forma projetada para nos distrair, para tirar nosso olho de todas essas bolas que são necessárias para gerar o que precisamos gerar para os acionistas. É simples assim,” afirmou Iger, destacando sua dedicação em evitar distrações que possam afetar a equipe e comprometer os objetivos da empresa.

Netflix é o padrão a ser perseguido

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No centro da discussão sobre o futuro do Disney+ está o compromisso da empresa em atingir a lucratividade em seu negócio de streaming até o final do ano fiscal de 2024. Além da busca pela rentabilidade, a Disney foca em transformar o streaming em um verdadeiro motor de crescimento para a companhia.

Para isso, está desenvolvendo tecnologias necessárias para reduzir os custos de aquisição e retenção de clientes, aumentar o engajamento e crescer as margens por meio da redução das despesas de marketing.

Iger destacou a Netflix como o “padrão ouro”, estabelecendo um objetivo claro para o Disney+: “Precisamos estar no nível deles em termos de capacidade tecnológica.”

Essa declaração destaca a ambição da Disney de não apenas competir, mas também estabelecer-se como líder no saturado mercado de streaming, através de inovações tecnológicas e uma gestão focada na eficiência e no crescimento sustentável.

Se a Casa do Mickey vai conseguir ou não ameaçar o reinado da Netflix, é outra história.

Fonte: Variety

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Luiz Junqueira

Luiz Junqueira é engenheiro da computação e escreve sobre entretenimento há mais de 12 anos, com um olhar analítico sobre filmes, séries e quadrinhos. Combina sua formação técnica com uma grande paixão pelo universo da cultura pop, se dedicando a trazer para os leitores artigos informativos e precisos.

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