Em uma entrevista recente à CNBC, o CEO da Disney, Bob Iger, anunciou uma desaceleração na produção de filmes e séries para o Disney+ das franquias da Marvel Studios e Lucasfilm. Essa decisão faz parte da iniciativa de contenção de gastos da empresa, com a Disney buscando reduzir despesas diante do desempenho abaixo do esperado nas bilheterias de alguns de seus filmes mais recentes.
Iger enfatizou o foco na redução de custos e na necessidade de alocar recursos de forma prudente. A empresa implementou anteriormente um plano abrangente de reorganização, visando uma redução de custos de US$ 5,5 bilhões, dos quais US$ 3 bilhões seriam cortados de conteúdo (exceto esportes). Essas medidas foram tomadas para apoiar o serviço de streaming carro-chefe da Disney, o Disney+, e atrair uma base de clientes maior.
“Você recua não apenas para se concentrar, mas também como parte de nossa iniciativa de contenção de custos. Gastar menos com o que fazemos e ganhar menos“, disse o executivo.
Iger disse que a Marvel perdeu o foco
Embora tenha reconhecido algumas decepções recentes em animações da Pixar, Iger destacou especificamente a Marvel como exemplo do forte foco da empresa em conteúdo original para streaming. Ele admitiu que, embora a Marvel tenha aumentado significativamente a produção de filmes e se aventurado em séries no Disney+, essa abordagem não foi totalmente positiva.
“A Marvel é um grande exemplo disso. Ela não estava no negócio de televisão em nenhum nível significativo, e eles não apenas aumentaram a produção de filmes, mas acabaram fazendo várias séries. Francamente, isso diluiu o foco e a atenção.”
A aquisição da Marvel pela Disney em 2009 por mais de US$ 4 bilhões tem sido um tremendo sucesso financeiro, com a franquia arrecadando bilhões de dólares em todo o mundo. No entanto, Iger enfatizou anteriormente a importância de reavaliar a quantidade de sequências que cada personagem do Universo Cinematográfico da Marvel deveria ter e explorar novas direções para a marca.
Filmes Star Wars já pagaram investimento na Lucasfilm
No que diz respeito à Lucasfilm, a Disney tem se concentrado principalmente na produção de séries para a franquia Star Wars, como Andor e Obi-Wan Kenobi, que receberam indicações ao Emmy. O último filme de Star Wars lançado nos cinemas foi em 2019, e o quinto filme da franquia Indiana Jones, A Relíquia do Destino, teve um desempenho inicial decepcionante nas bilheterias, apesar de ter sido lançado próximo ao feriado de 4 de julho nos Estados Unidos.
Embora a redução na produção de conteúdo seja significativa, tanto a Marvel quanto a Lucasfilm têm sido fontes substanciais de receita para a Disney. A empresa adquiriu a Lucasfilm em 2012 por aproximadamente US$ 4 bilhões e rapidamente recuperou seu investimento por meio de uma trilogia e filmes independentes, como Rogue One: Uma História Star Wars.
Iger também mencionou a possibilidade de licenciar o conteúdo da Disney para outras plataformas de streaming, indicando que isso permanece como uma opção viável. “É uma possibilidade. Não vou descartar isso”, ele explicou, dizendo que, nos primeiros dias do streaming, a Disney estrategicamente reteve conteúdo para sua própria plataforma, mas que o licenciamento de conteúdo sempre desempenhou um papel significativo no modelo tradicional de negócios de TV.
Quem lacra não lucra…. Olha a conta chegando