A The Walt Disney Company divulgou hoje a aquisição da participação remanescente de 33% no Hulu, que estava sob posse da Comcast. De acordo com a nota, o negócio, avaliado em aproximadamente US$ 8,61 bilhões de dólares, está alinhado aos objetivos de streaming da Casa do Mickey, consolidando sua posição como uma das líderes do setor.
A transação, prevista para ser finalizada até 1º de dezembro, representa um marco importante para a Disney, que agora passa a deter o controle total do Hulu. O acordo inicial entre Disney e Comcast foi firmado em 2019, quando a Disney adquiriu a 20th Century Fox, aumentando sua participação majoritária no serviço.
Fortalecimento das estratégias de streaming
Com a aquisição da parte da Comcast, a Disney visa potencializar seus objetivos no mercado de streaming, ampliando seu catálogo e ofertas ao público norte-americano. Segundo declarações do CEO da Disney, Bob Iger, há planos para integrar o conteúdo do Hulu ao Disney+ até o final deste ano, uma jogada que promete enriquecer a experiência do usuário com uma variedade ainda maior de opções de entretenimento.
A decisão de compra da participação da Comcast veio após a própria empresa anunciar, em setembro, a antecipação do acordo de compra/venda, com ambas as empresas contratando bancos de investimento para chegar a uma avaliação justa. Este acordo parece ter avançado rapidamente nos bastidores, refletindo a disposição das partes em concluí-lo o quanto antes.
Impacto e expectativas futuras
Com a integração total do Hulu, espera-se que a Disney passe por mudanças significativas em seus planos nos Estados Unidos. Isso inclui a possibilidade de oferecer pacotes completos de serviços de streaming, uma estratégia que promete colocar a empresa em uma posição ainda mais competitiva no mercado.
Anteriormente, Bob Iger destacou os benefícios da junção das plataformas, indicando que não será uma simples interface conjunta, mas uma verdadeira fusão de conteúdo. Isso gera expectativas, especialmente entre os assinantes da América Latina, que aguardam movimentos semelhantes envolvendo o Disney+ e Star+, já que este último exibe a programação do Hulu na região.
A Disney também está considerando a venda de outros ativos, como a Star India e algumas redes locais da ABC, para equilibrar financeiramente a compra do Hulu. Além disso, Bob Iger reconheceu a necessidade de aprimorar a experiência do usuário no Disney+. Enquanto plataformas como a Netflix oferecem páginas iniciais personalizadas por meio de algoritmos, o Disney+ ainda está trabalhando para implementar esse recurso.
A aquisição marca não apenas um crescimento significativo para a Disney no campo do streaming, mas também um aumento na concorrência, prometendo novas ofertas para os consumidores. Com a avaliação da equidade do Hulu prevista para ser determinada até o final de 2023 e o processo de avaliação a ser completado no ano de 2024, a Disney se prepara para uma nova era no entretenimento digital.
Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.
