A diretora Nia DaCosta, responsável por comandar o novo filme do MCU, As Marvels, apontou recentemente que as ações do Capitão América foram cruciais para o desfecho de Vingadores: Guerra Infinita. O embate épico de 2018 culminou com uma das maiores derrotas dos Vingadores, quando Thanos conseguiu reunir todas as Joias do Infinito e exterminar metade do universo com um estalar de dedos. Entretanto, esse evento catastrófico poderia ter sido evitado, segundo a diretora.
A controvérsia gira em torno do momento em que Steve Rogers, interpretado por Chris Evans, opta por não sacrificar Visão, personagem cuja existência estava intrinsecamente ligada à Joia da Mente. Para DaCosta, essa decisão, tomada sob a premissa de que “não negociamos vidas”, permitiu que o Titã Louco avançasse com seus planos nefastos.
Falando ao Phase Zero, DaCosta argumentou que, embora a escolha de Capitão América refletisse sua incrível moralidade e heroísmo, foi precisamente essa decisão que selou o destino do grupo.
“Ele estava errado. Mas também estava certo no final, porque tudo ficou bem. Perdemos algumas pessoas que nos importamos, mas é sua culpa, porque ele deveria ter tirado aquilo da cabeça do seu companheiro desde o início”, explicou a diretora, referindo-se à Joia da Mente incrustada no crânio de vibranium do Visão.
A força do caráter de Steve Rogers
Esta discussão levanta pontos importantes sobre a essência dos heróis do Universo Cinematográfico da Marvel. Capitão América sempre foi retratado como um homem de princípios inabaláveis, que agia com uma retidão moral sem falhas. DaCosta reconhece que, apesar de suas críticas, essa recusa em sacrificar uma vida faz de Rogers um personagem admirável e complexo.
Ao longo de sua trajetória no MCU, desde Capitão América: O Primeiro Vingador até Vingadores: Ultimato, Steve Rogers demonstrou repetidamente seu compromisso com o lado do bem, independentemente das consequências pessoais. Seu caráter altruísta e sincero é uma força muito maior do que qualquer superpoder, exemplificado em cenas memoráveis como quando se lançou sobre uma granada para proteger seus companheiros ou quando enfrentou sozinho o exército de Thanos.
A firmeza de Steve em suas convicções é um dos pilares que sustenta a complexidade dos personagens no MCU. Mesmo em meio a críticas, como as de DaCosta, a consistência e profundidade dos heróis em suas escolhas mantêm a narrativa convincente. Afinal, as decisões do Capitão América podem ter levado à derrota em Guerra Infinita, mas a sua abordagem intransigente quanto à vida reforça o ideal heroico de que há sempre um caminho mais elevado a ser seguido, mesmo em face do apocalipse.
Vingadores: Guerra Infinita está disponível no Disney+. As Marvels estreia nos cinemas quinta-feira, 9 de novembro de 2023.
Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.
