Thor: Ragnarok permanece como um dos filmes mais bem avaliados da Marvel Studios e, mesmo sendo uma franquia que enfrentou mais dificuldades do que as trilogias do Homem de Ferro e Capitão América, também foi um sucesso de bilheteria.
Para alguns fãs, a mudança para um humor mais irreverente não foi totalmente bem-recebida, afinal, Thor era uma história de fantasia e, embora Thor: O Mundo Sombrio não tenha alcançado o sucesso esperado de uma mistura entre Asgard e Game of Thrones, era muito mais sombrio do que a visão colorida e extravagante que o cineasta Taika Waititi tinha para o Deus do Trovão.
Falando no podcast Smartless, Waititi refletiu sobre sua entrada no Universo Cinematográfico da Marvel e admitiu que só concordou em dirigir Thor: Ragnarok por conta do generoso salário que receberia da Marvel Studios.
“Quer saber? Eu não tinha interesse em fazer um daqueles filmes,” ele disse. “Não estava nos meus planos de carreira como um autor. Mas eu estava pobre e tinha acabado de ter minha segunda filha, e pensei, ‘Sabe de uma coisa, essa seria uma ótima oportunidade para alimentar essas crianças.'”
“E Thor, vamos reconhecer, era provavelmente a franquia menos popular. Eu nunca li os quadrinhos de Thor quando era criança. Era o quadrinho que eu pegava e pensava ‘Aff.’ E então eu fiz algumas pesquisas sobre isso e li um quadrinho de Thor ou 18 páginas, ou qualquer que fosse o tamanho.”
Muitos diretores bem-sucedidos de filmes de quadrinhos não cresceram lendo HQs, então Taika Waititi não está dizendo nada muito chocante nesse sentido. No entanto, o fato de sua pesquisa se resumir a ler um único quadrinho é surpreendente, e fica a impressão que o cineasta muitas vezes se esforça para atrair críticas. Para ele, receber a oferta para dirigir o filme foi um sinal de que a Marvel Studios estava desesperada.
“Acho que não tinha mais para onde eles irem com aquilo,” ele disse sobre Ragnarok. “Eu pensei, ‘Bem, eles me chamaram, isso é realmente o fundo do poço.'”
Continuação no MCU
Waititi continuou no MCU, interpretando Korg em Vingadores: Ultimato e depois dirigindo Thor: Amor e Trovão. Ele escreveu este último junto com Jennifer Kaytin Robinson, e o filme recebeu críticas mistas, levando a maioria dos fãs – e até Chris Hemsworth – a argumentar que o resultado final ficou bobo e o super-herói asgardiano precisava de outro recomeço.
Leo Carvalho, jornalista de formação e nerd de coração, sempre atento às tendências do entretenimento, em especial filmes e séries da Marvel e Star Wars. Sua formação acadêmica em jornalismo e entusiasmo de fã lhe permitem escrever textos com insights, análises detalhadas e olhar crítico.
