Demissões levam Metaverso da Disney do hype à decepção

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No ano passado, o então CEO da Disney, Bob Chapek, comentou sobre os planos futuros da empresa, prometendo muitas novidades empolgantes e tecnologias inovadoras. Entre os avanços anunciados, ele revelou que a gigante do entretenimento iria introduzir um novo estilo de vida para o público, referindo-se ao Metaverso da Disney.

Chamamos isso de narrativa de próxima geração“, ele disse sobre o que foi chamado por ele mesmo de futuro Metaverso da Disney. “Nós tendemos a não usar a palavra M (Metaverso) com muita frequência“.

A ideia, de acordo com Chapek, era que o Disney+ não fosse “apenas uma plataforma de serviço de filmes, mas uma plataforma de estilo de vida experimental”. Com isso, a intenção seria introduzir um programa de associação que ofereceria descontos e vantagens especiais para seus serviços de streaming, parques, resorts, produtos, entre outros.

Bob Chapek também disse em um comunicado em 2022:

Por quase 100 anos, nossa empresa definiu e redefiniu o entretenimento, aproveitando a tecnologia para dar vida às histórias de maneiras mais profundas e impactantes. Hoje, temos a oportunidade de conectar esses universos e criar um paradigma totalmente novo de como o público experimenta e se envolve com nossas histórias… Este é o chamado Metaverso.

Internamente, os executivos se referiam ao programa como Disney Prime, embora não se esperasse que esse fosse o nome oficial do serviço.

Disney acaba com a divisão de Metaverso

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Agora, de acordo com um novo relatório do The Wall Street Journal, a Disney simplesmente cortou sua divisão de Metaverso como parte das demissões que estão começando esta semana. O setor era composto por 50 funcionários liderados por Mike White, que deve permanecer na empresa, embora sua nova função seja desconhecida no momento.

O ex-CEO Bob Chapek foi quem criou esta unidade, cuja tarefa era “conectar os mundos físico e digital” para o entretenimento da Disney.

As demissões em curso foram inicialmente anunciadas em fevereiro por Bob Iger, o atual CEO, e afetarão cerca de 7.000 funcionários, incluindo a divisão de mídia e distribuição da Disney, parques, resorts e a ESPN.

O plano é tentar economizar mais de US$ 5,5 bilhões, incluindo US$ 3 bilhões em conteúdo não relacionado a esportes. Os outros US$ 2,5 bilhões serão em custos operacionais, além das demissões.

Apostas integradas à ESPN

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Outra novidade mencionada por Bob Chapek quando ainda era o executivo número 1 da Disney foi a possibilidade de adicionar a experiência de apostas esportivas à ESPN. Sobre essa integração, ele explicou que estava tentando tomar decisões sob a perspectiva do consumidor final e por isso teria menos chances de errar.

O que os fãs de esportes querem? Uma das coisas que eles querem é ter um potencial de apostas esportivas sem atrito e sem precisar ter quatro telas na frente deles. Nós, como ESPN, temos a habilidade de fazer isso. Agora, nós vamos precisar de um parceiro, porque nunca seremos uma banca, mas [acredito que assim] vamos criar uma integração perfeita sem que o usuário tenha que ir para outro aplicativo

Apenas dois meses após essa declaração, Bob Chapek foi demitido e deu lugar a Bob Iger, que foi reintegrado na condição de CEO. Desde então, não houve mais notícias a respeito desse projeto.

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