Indiana Jones e a Relíquia do Destino esteve em desenvolvimento durante anos e passou por uma mudança em seu final para tornar a despedida do protagonista mais fiel à franquia. O filme, lançado no fim do mês passado, é o último longa que traz Harrison Ford como o herói criado por George Lucas e Steven Spielberg nos anos 80. Por isso, foi importante que o destaque em Indy viesse com foco em sua última aventura para dar encerramento a uma era.
[AVISO] O texto a seguir apresenta spoilers!
A produção de Indiana Jones 5 foi um pouco conturbada com uma série de decisões tendo que ser tomadas em função dos empecilhos que o filme encontrou, incluindo o adeus de Ford. Em entrevista ao Inverse, James Mangold, o diretor do longa, contou que uma primeira versão do final levava a história para um caminho de um suspense de espionagem e que isso não faria jus ao que eles queriam para Indy.
“Eu nunca faria essa escolha [deixar Indy em 200 A.C.] sem refletir sobre várias opções”, disse o diretor. “Uma das coisas em que pensei foi que, mesmo que viajássemos no tempo, será que a teoria de [Voller] estaria certa e eles aterrissariam na Alemanha nazista? E o último ato do filme seria Indie tentando acabar com o plano de [Voller]? Mas quanto mais eu esboçava isso em minha mente, mais isso se tornava uma espécie de filme de espionagem no final. Eu não conseguia encontrar uma maneira de obter ressonância emocional”.
Mangold explicou a sua escolha para o final de Indy
No final de Indiana Jones 5, os protagonistas acabam no ano 200 A.C., no meio de uma batalha romana. Indy considera brevemente a possibilidade de ficar no passado, mas é arrastado de volta para o presente, onde se reúne com seu único e verdadeiro amor: Marion Ravenwood.
Na entrevista, o diretor explicou por que escolheu este final para o icônico arqueólogo, que não deve mais aparecer para os fãs nessa linha do tempo.
“A verdadeira resposta que você está procurando é: o tema do filme era o tempo”, disse Mangold. “Meu Indy é um Indy de 70 anos e, por isso, eu queria não apenas o tempo no sentido de viagem, mas o tempo no sentido de que não posso desfazer os erros do meu passado. Não posso voltar a ser o cara que eu era naquela época porque o mundo mudou ao meu redor. O tempo e todas as suas facetas que nos alcançam à medida que envelhecemos”.
Indiana Jones e a Relíquia do Destino está atualmente em cartaz nos cinemas.