Como a Disney conseguiu usar a voz de Robin Williams em ‘Era uma vez um Estúdio’?

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Nesta segunda-feira (16), o Disney+ lançou Era uma vez um Estúdio, um especial que celebra o 100º aniversário da Walt Disney Animation Studios e que apresenta Mickey e Minnie Mouse reunindo centenas de personagens ao longo da história dos desenhos animados da Disney para posar para uma foto em grupo. Porém, um desses personagens é o Gênio de Aladdin, com “novos” diálogos (nunca liberados antes) de Robin Williams.

Isso é controverso por algumas razões, sendo a mais óbvia que Robin Williams morreu em 2015 e, portanto, não poderia consentir com isso, mas também porque, de acordo com o New York Post, ele colocou uma cláusula em seu testamento proibindo a reutilização de seu nome, cenas gravadas e trechos de áudio não usados de suas sessões de gravação em Aladdin em novos filmes por 25 anos após sua morte.

Como se vê, foi exatamente isso que a Disney acabou de fazer, e agora o estúdio divulgou que obteve permissão do espólio de Williams, dissipado quaisquer rumores sobre a recriação da voz do Gênio com Inteligência Artificial, um artifício que a filha de Robin Williams já se manifestou contra em seu Instagram.

A autorização para uso da voz de Robin Williams

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Em um artigo da Polygon sobre a estreia de Era uma Vez um Estúdio, a produtora Yvett Merino explicou que era muito importante para a Disney envolver as pessoas que representam Robin Williams desde o início, dizendo que a aprovação significou muito.

Foi tão importante para nós compartilhar nossa versão mais inicial do curta com a equipe do Robin“, disse ela. “Muitos de nós que trabalhamos aqui na Disney Animation fomos inspirados por Aladdin e pela atuação do Robin. Significou o mundo que eles disseram sim para a inclusão dele no curta — e foi muito especial que Eric Goldberg, que animou o Gênio para o longa-metragem [original], fez a animação aqui também.

Não há menção no artigo da Polygon sobre os próprios sentimentos de Williams sobre reutilizar diálogos de suas antigas sessões de gravação, mas chama a atenção que tornou-se público que ele não queria que elas fossem usadas. E o fato da produtora da Disney frisar que “sim, nós temos permissão” indica que há um desconforto nisso.

O Gênio era importante demais para ficar de fora

De acordo com o diretor Dan Abraham, o Gênio era simplesmente muito importante para a história da Disney para não ser incluído:

“Eu só acho que não poderíamos ter feito este curta sem Cinderela. Não poderíamos ter feito este curta sem Stitch. Não poderíamos ter feito este curta sem Robin Hood. E não poderíamos ter feito isso sem o Gênio. Ele é uma parte muito grande de nossa história, nosso legado.”

Em Era uma Vez um Estúdio, os personagens se reúnem para uma foto do grupo para marcar o 100º aniversário da Disney. Ao todo, são 543 personagens, que vão desde heróis e vilões a príncipes e princesas, incluindo também os coadjuvantes e feiticeiros que marcaram várias gerações. 

Era uma vez um Estúdio já está disponível no Disney+.

Foto do autor

Luiz Junqueira

Luiz Junqueira é engenheiro da computação e escreve sobre entretenimento há mais de 12 anos, com um olhar analítico sobre filmes, séries e quadrinhos. Combina sua formação técnica com uma grande paixão pelo universo da cultura pop, se dedicando a trazer para os leitores artigos informativos e precisos.

3 comentários em “Como a Disney conseguiu usar a voz de Robin Williams em ‘Era uma vez um Estúdio’?”

    • Ichigo, é porque a comemoração é especificamente da Disney Animation, que deu início a tudo. Pixar, Marvel, Lucasfilm e 20th Century, por exemplo, foram estúdios adquiridos nas duas últimas décadas.

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    • Alguns personagens até fazem parte, más acho q foi mais questão de homenagear os clássicos q ficaram eternizados

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