Pete Docter, o atual Chief Creative Officer (CCO) da Pixar Animation Studios, finalmente falou sobre o fraco desempenho do filme mais recente do estúdio, Lightyear. Embora seja um spin-off da consagrada franquia Toy Story e tenha Chris Evans e Keke Palmer no elenco, a animação não conseguiu decolar.
O filme foi lançado em junho do ano passado e arrecadou apenas US$ 226 milhões no mundo todo antes de seguir para o Disney+, um número muito abaixo das expectativas e pouco acima do orçamento de US$ 200 milhões da produção.
Além das críticas sobre o enredo, pesou o fato de que Lightyear foi banido nos cinemas de pelo menos 14 países por causa da inclusão de um casal gay. Em outras regiões onde não foi proibido, o filme recebeu classificação indicativa +16 e +18, o que acabou se repetindo no próprio Disney+ em alguns territórios da Ásia. No Oriente Médio, a animação nem mesmo entrou na plataforma.
Apesar disso, considerando que a animação leva o nome de um personagem amado e bastante conhecido, os números surpreenderam, e agora o executivo da Pixar compartilhou os motivos que, em sua visão, levaram a esse resultado.
Por que Lightyear fracassou, de acordo com o CCO da Pixar
Em entrevista ao The Wrap, Pete Docter comentou:
“Fizemos muita reflexão sobre isso porque todos nós amamos o filme. Amamos os personagens e a premissa. Acho que provavelmente o que concluímos em termos do que deu errado é que pedimos demais do público. Quando eles ouvem Buzz, eles ficam tipo, ótimo, onde está o Sr. Cabeça de Batata, Woody e Rex? E então os colocamos em um filme de ficção científica que eles dizem, O quê?”
Lightyear foi apresentado como um filme dentro do universo Toy Story no qual o brinquedo de Andy foi inspirado. Assim, Buzz foi dublado por Chris Evans e não Tim Allen. Além disso, o personagem foi retratado como um herói espacial e não como um boneco.
Embora alguns tenham atribuído o fraco desempenho de Lightyear à confusão do público, Pete Docter também acredita que o filme e sua representação dos personagens estavam distantes demais dos personagens icônicos de Toy Story e seu design:
“Mesmo que eles tenham lido o material na imprensa, era um pouco distante demais, tanto no conceito quanto na maneira como os personagens foram desenhados, como eles foram retratados. Era muito mais uma ficção científica. E Angus [MacLane], para seu crédito, levou isso muito a sério e genuinamente quis representar esses personagens como personagens reais. Mas os personagens de Toy Story são muito mais amplos, então acho que houve uma desconexão entre o que as pessoas queriam/esperavam e o que estávamos dando a elas.”
O chefe da Disney mencionou erros criativos
Sem mencionar o título do filme, Bob Iger, atual CEO da Disney, revelou que foi até a Pixar e revisou todos os projetos que estão sendo desenvolvidos para o futuro. Ele reconheceu os erros que foram cometidos e disse que quer seguir em frente e continuar criando outros sucessos.
“Nós tivemos alguns erros criativos, essa é a natureza desse negócio. Um na Pixar e outro da Disney Animation”, Iger disse, aparentemente se referindo a Lightyear e Mundo Estranho. “Nós todos aprendemos, nós que estamos no lado criativo do negócio há muito tempo. Nós temos que seguir em frente, você tem que processar o fracasso com sucesso“.
Lightyear está disponível no Disney+.
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