CEO surpreende com planos para o Disney+, ESPN, Hulu e canais de TV

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O CEO da Disney, Bob Iger, que essa semana teve seu contrato estendido até 2026, fez algumas revelações surpreendentes durante uma entrevista à CNBC, divulgando planos para a empresa a curto e médio prazo, incluindo estratégias para ESPN, Disney+, Hulu e seus canais lineares de TV, visando acompanhar o cenário em constante evolução da indústria do entretenimento e tornar mais lucrativos os ativos da The Walt Disney COmpany.

Integração do Disney+ com o Hulu

Primeiramente, Iger confirmou que o Hulu será integrado ao Disney+ nos Estados Unidos até o final deste ano fiscal, que corresponde a setembro de 2023. O executivo explicou que essa integração, revelada pela primeira vez em maio, proporcionará aos assinantes uma oferta de conteúdo muito mais abrangente, aumentando substancialmente o volume de títulos disponíveis e seu valor.

Desta vez, Iger indicou que trata-se realmente de uma fusão entre as plataformas e não de apenas uma interface contendo os catálogos dos dois serviços, algo que os assinantes da América Latina torcem para que aconteça também com Star+ e Disney+, já que o primeiro é o serviço que exibe a programação do Hulu na região.

Além disso, ele confirmou que a Disney pretende comprar a participação da Comcast no Hulu até 2024, o que não chega a ser uma grande surpresa. Embora a avaliação do Hulu ainda seja objeto de negociação entre as duas empresas, Iger demonstrou confiança na fusão do Disney+ e do Hulu, enfatizando os benefícios do produto resultante dessa união.

Melhorias no Disney+

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A adição do Hulu ao Disney+ está alinhada com o foco estratégico da Disney em streaming. No entanto, Iger reconheceu a necessidade de aprimorar a experiência do usuário no Disney+. Enquanto plataformas como a Netflix oferecem páginas iniciais personalizadas por meio de algoritmos, o Disney+ ainda está trabalhando para implementar esse recurso.

Apesar disso, o lançamento planejado da versão integrada do Disney+ e do Hulu até o final deste ano fiscal indica a determinação da Disney em se manter competitiva no mercado de streaming.

Como foi uma entrevista ampla, o executivo não entrou em mais detalhes a respeito de tais melhorias, e esperamos que uma delas seja a adição de um recurso que permita aos assinantes saber exatamente quando e quais filmes e séries serão removidos.

Planos para a ESPN

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Em relação à ESPN, um dos ativos de longa data e rentáveis da Disney, Iger discutiu a abordagem da empresa para o futuro do conteúdo esportivo. Embora a televisão linear ainda seja significativa, a Disney está explorando parcerias estratégicas para a ESPN. O objetivo é encontrar parceiros que possam fornecer valor adicional, como capital, conteúdo e distribuição. Ao diversificar as parcerias, a Disney busca mitigar riscos e garantir um futuro sustentável para a ESPN.

Não foram mencionados parceiros específicos, mas o recente anúncio da parceria entre Apple e Disney no Vision Pro com grande foco na ESPN podem ser uma pista.

Iger enfatizou que a Disney não tem intenção de abandonar o negócio esportivo. No entanto, a empresa reconhece a dinâmica em mudança do consumo de mídia e a necessidade de se adaptar aos novos hábitos de visualização. Além das discussões sobre parcerias estratégicas, a Disney também planeja expandir a presença da ESPN no mundo do streaming, embora detalhes adicionais e uma data de lançamento específica não tenham sido divulgados durante a entrevista.

Canais de TV

No que diz respeito aos canais lineares de TV da Disney, Iger expressou preocupação com o declínio do crescimento desse formato tradicional. Ele se descreveu como “muito pessimista” em relação à televisão linear e indicou que a Disney está avaliando minuciosamente seus negócios lineares, incluindo a ABC e a NBC. Embora Iger não tenha fornecido detalhes específicos, ele sugeriu que algumas redes podem não mais se alinhar às operações centrais da Disney, deixando aberta a possibilidade de venda ou redução de algumas delas.

Atualmente, a Disney possui vários canais de televisão, como ABC, FreeForm, FX, National Geographic e Disney Channel. O foco agora se volta para otimizar a distribuição de conteúdo, uma vez que essas redes continuam a produzir títulos valiosos para a empresa.

Embora os canais lineares enfrentem desafios, a Disney reconhece a importância do conteúdo criado por seus estúdios. Essa avaliação estratégica reflete o empenho da Disney em se adaptar e investir em áreas que estejam alinhadas com o cenário de mídia em constante mudança.

No âmbito internacional, a Disney já começou a reduzir sua presença em redes lineares, encerrando diversos canais na Europa e na Ásia. A empresa concentra-se agora no crescimento do Disney+. Notícias recentes sobre a possível venda de parte de seus negócios indianos, como o Star, que inclui mais de 80 canais de televisão, demonstram ainda mais o objetivo da empresa de otimizar suas operações e priorizar o streaming, parques temáticos e lançamentos cinematográficos.

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Luiz Junqueira

Luiz Junqueira é engenheiro da computação e escreve sobre entretenimento há mais de 12 anos, com um olhar analítico sobre filmes, séries e quadrinhos. Combina sua formação técnica com uma grande paixão pelo universo da cultura pop, se dedicando a trazer para os leitores artigos informativos e precisos.

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