A Marvel Studios tem uma estratégia clara e bem estruturada para gerenciar suas franquias, e um dos seus projetos mais notáveis, a série Loki, não é exceção a essa prática. A segunda temporada, que já começou trazendo aos fãs novos personagens em uma aventura atemporal, revelou certas restrições em relação a quais nomes do MCU poderiam ser incorporados na trama.
Conforme a história em torno da Autoridade de Variância Temporal (AVT) continua, é natural que as mentes por trás da série pensem sobre quais heróis, heroínas, vilões e vilãs da Marvel poderiam ser inseridos nesse contexto.
No entanto, em uma recente entrevista ao New York Times, o roteirista de Loki, Eric Martin, revelou que algumas escolhas foram proibidas pelo estúdio, que tem outras intenções para eles em projetos futuros.
A perspectiva de Martin revela um interessante olhar sobre a produção por trás das cenas. O escritor apontou que, enquanto a equipe de Loki tem sua liberdade criativa, eles também se viram obrigados a evitar a inclusão de personagens que estavam “sendo usados por outro projeto do MCU“.
“Somos sortudos por realmente termos nossa própria pequena caixa de areia aqui, onde podemos ser realmente criativos e desbravar outras direções sem atrapalhar outros projetos. E parte disso é por design, enquanto parte é apenas o que encontramos ao longo do caminho. Em termos de ordens efetivas, houve certos pontos em que foi como, ‘Ah, sabe de uma coisa, este personagem está sendo usado por outro projeto’, e você simplesmente tem que mudar de direção”, disse Eric Martin.
O controle criativo por parte da Marvel Studios não é novidade. Tendo estabelecido uma megaprodução de universo compartilhado, a empresa mantém uma gestão firme sobre como e onde seus personagens são utilizados, como foi evidenciado em produções anteriores, como em WandaVision.
A metódica estratégia criativa da Marvel
O Universo Cinematográfico da Marvel é reconhecido não apenas pelo seu vasto conteúdo, mas também pela metódica coordenação entre suas várias franquias. O MCU, que se expandiu por inúmeros filmes e séries, requer uma estratégia rígida para garantir uma narrativa coesa e contínua.
O equilíbrio entre o uso de personagens em diferentes séries precisa ser meticulosamente gerenciado. Inclusões casuais ou histórias rapidamente resolvidas para certos personagens podem interferir nas suas trajetórias em projetos futuros, prevenindo desenvolvimentos mais profundos.
Vingadores 6 pode ser o fim do MCU como conhecemos
Há também especulações de que o MCU possa passar por mudanças drásticas no futuro filme Vingadores: Guerras Secretas. Tendo em vista que este evento nos quadrinhos proporcionou um tipo de reboot do universo Marvel, há um paralelo a ser considerado na forma como os personagens são utilizados nas séries e filmes do MCU até que tais eventos ocorram.
Relacionando isso de volta a Loki, se a Marvel realmente pretende realizar uma reformulação significativa do MCU, limitar a aparição de certos personagens ou variantes de Loki até depois dos eventos dos próximos filmes dos Vingadores parece fazer sentido.
O retorno de Loki com a sua segunda temporada, disponível exclusivamente no Disney+, continua a intrigar os fãs com sua narrativa elaborada e, mesmo com as restrições de personagens, a série segue explorando várias direções do Universo Cinematográfico da Marvel.
Novos episódios de Loki chegam ao Disney+ nas noites de quinta-feira.