A história de Cinderela é uma das mais adoradas e conhecidas em todo o mundo. Ao longo dos séculos, esta narrativa se transformou, adaptando-se às culturas das diferentes épocas. Em 1950, a Walt Disney Pictures lançou sua icônica animação, que para muitos é a versão definitiva. No entanto, ao compararmos o filme da Disney com o conto original, encontramos uma série de diferenças notáveis. Vamos mergulhar nessas mudanças e descobrir como a história evoluiu ao longo do tempo.
Origens da história de Cinderela
Antes de examinarmos as diferenças, é importante observar que o conceito de Cinderela não se origina de uma única fonte. Existem inúmeras versões desta história em diferentes culturas, desde a antiga Grécia até a China. No entanto, para este artigo, focaremos principalmente na versão dos irmãos Grimm, já que ela é uma das mais conhecidas na cultura ocidental e frequentemente citada como uma inspiração direta para o filme da Disney.
1. Personagens e tom
A primeira e talvez a mais óbvia diferença é o tom geral e a caracterização. No conto dos Grimm, a história é decididamente mais sombria. Por exemplo, as meias-irmãs de Cinderela não são apenas maldosas, mas sofrem punições severas no final, com pombos bicando seus olhos como castigo por suas maldades. Em contraste, o filme da Disney oferece uma abordagem mais leve, com as irmãs sendo retratadas mais como antagonistas cômicas do que verdadeiras vilãs.
2. A Fada Madrinha e os Sapatos Mágicos
A Fada Madrinha, uma das personagens mais queridas do filme da Disney, na verdade, não faz parte da versão dos Grimm. Em vez de uma fada, é um pássaro que reside em um salgueiro no túmulo da mãe de Cinderela que concede seus desejos.
Além disso, enquanto a Disney optou por icônicos sapatos de cristal, no conto dos irmãos Grimm, os sapatos são de ouro.
3. A relação de Cinderela com sua madrasta
No filme da Disney, a madrasta de Cinderela é a principal antagonista, relegando Cinderela a uma vida de servidão após a morte de seu pai. No entanto, no conto original, sua crueldade é ainda mais acentuada, com ela e suas filhas indo a extremos para impedir Cinderela de ir ao baile, incluindo cortar partes de seus próprios pés para tentar fazer o sapato de ouro se ajustar.
4. O papel dos animais
O filme da Disney é famoso por seus personagens animais, como os ratinhos Tata e Jaq ou o gato Lúcifer. Estes personagens adicionam alívio cômico e são fundamentais para ajudar Cinderela em sua jornada. No conto dos Grimm, os animais ainda desempenham um papel, mas é diferente. São os pássaros e os pombos, e não os ratos, que ajudam Cinderela a separar lentilhas das cinzas e atuam como agentes de justiça no final.
5. A busca pela dona do sapato
Uma das cenas mais icônicas do filme da Disney é quando o príncipe viaja pelo reino em busca da dona do sapato de cristal. No conto original, no entanto, o príncipe usa uma armadilha pegajosa para prevenir que Cinderela fuja de volta para sua casa, ao perceber que ela desaparece após os bailes. Ele ordena que a escadaria do palácio seja coberta com resina (uma substância pegajosa). Quando Cinderela tenta fugir novamente após o terceiro baile, seu sapato de ouro fica preso na resina, permitindo que o príncipe a encontre.
Embora a versão da Disney de Cinderela seja adorada por gerações e seja considerada a versão definitiva por muitos, é interessante observar as diferenças e semelhanças com o conto original dos irmãos Grimm. Ambas as versões têm seus méritos e oferecem insights sobre os valores e culturas de seus respectivos tempos. Seja através de uma lente mais sombria ou de uma abordagem mais mágica e otimista, a história de Cinderela continua a encantar, ensinando-nos sobre resiliência, bondade e a crença de que o bem prevalecerá no final.
As animações Cinderela (1950), Cinderela 2: Os Sonhos se Realizam (2002), Cinderela 3: Uma Volta No Tempo (2007) e o live-action Cinderela (2015) estão disponíveis no Disney+.
Este é justamente o argumento que uso TODA vez que vem um chato do Krai com a fala “Ai, mas esse live action acabou com a história da princesa X”, “Ah mas Walt Disney está se revirando no túmulo ” ou “Ah mas a Disney agora só quer lacrar”.
As histórias são adaptações, obras revisitadas em épocas diferentes e na nossa época precisamos sim falar de outras coisas. Quem faz mimimi, são exatamente os que reclamam de “mimimi”. Esse povo cansa ein!?
Fato 1 : a Disney só quer lacrar mesmo. Fato 2 : os filmes se passam em outra época, não precisam ter elementos de uma época atual, eles colocam só para agradar os chatos. Ou seja, concordo que eles mudando algumas coisas fica bom e às vezes até melhor, mas não se engane se acha que eles fazem por inclusão, o pensamento de quem quer ganhar dinheiro é só ganhar dinheiro em cima dos otários.
Exatamente. Pura lacração e agenda progressista.
Prova que o povo não tolera essas apelações toda, é que a bilheteria ruim fala por si só.
Gostos não se discute. Há quem prefere clássicos e há quem prefere adaptações. O lance é que existe público para ambos. E ficar falando qual história ou público é melhor ou pior cai no erro fatal que está acontecendo com alguns filmes atualmente. Walt Disney sempre teve bom senso nas suas histórias. E isso está se perdendo…. fato! O restante é opinião e cada um tem a sua.