No fatídico 11 de setembro, o diretor James Cameron curiosamente estava em uma excursão submarina para explorar o Titanic. O cineasta passou os anos 90 pesquisando sobre a tragédia do famoso navio para criar um dos maiores sucessos do cinema: o filme que levou o nome da embarcação, lançado em 1997. No entanto, sua obsessão com o evento continuou até mesmo depois da estreia do longa, e ele completou 33 viagens ao navio naufragado.
Em setembro de 2001, Cameron estava a quase 4 mil metros submerso no fundo do norte do Oceano Atlântico em mais uma expedição para documentar o Titanic. Embora ele já tivesse mergulhado pelos destroços do naufrágio de 1912 que matou cerca de 1500 pessoas outras vezes, nesse dia, um outro desastre estava acontecendo nos Estados Unidos.
Quando o cineasta estava no submersível dentro do navio principal da expedição, o diretor de Titanic foi informado do que havia acontecido 12 horas antes: cerca de 3 mil pessoas foram mortas em ataques terroristas no World Trade Center em Nova York, no Pentágono e na Pensilvânia, e milhares mais ficaram feridos.
Além disso, de acordo com Rob Lowe em uma entrevista de 2020, o falecido ator Bill Paxton, que interpretou o explorador Brock Lovett no filme de 1997 sobre o navio, também estava com o diretor das franquias Avatar e O Exterminador do Futuro.
Cameron já falou sobre a bizarra ocasião
O próprio diretor já falou anteriormente sobre a experiência de estar debaixo d’água durante o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. Em 2012, ele discutiu sobre a circunstância com a agência de notícias alemã Spiegel International.
“No dia em que os terroristas de 11 de setembro assassinaram 3 mil pessoas em Nova York e Washington, eu estava mergulhando no Titanic”, disse Cameron. “Doze horas depois, voltei para o navio principal. Provavelmente eu fui o último homem no Hemisfério Ocidental a saber o que havia acontecido”.
“Por um momento, pensei: por que estamos mergulhando na história enquanto novas partes dela estão acontecendo, enquanto o próprio chão em que pisamos está balançando?”, ele continuou. “Mas, alguns dias depois, percebi que (o filme) Titanic nos ajudou a interpretar o novo desastre, a explorar os sentimentos de perda e raiva”.
