Disney+ planeja vídeos verticais com microdramas e conteúdos rápidos

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O Disney+ está avaliando novos formatos de conteúdo e um dos pontos que mais chama atenção é a possível entrada de vídeos verticais. A ideia surge em meio ao crescimento de microdramas e formatos curtos que já fazem sucesso em partes da Ásia.

Eric Schrier, presidente de Disney Television Studios e de estratégia global de originais da Disney Entertainment, comentou que o assunto está na mesa e que a empresa observa esse movimento de perto.

“Minha esperança é trazer vídeo vertical para a plataforma em algum momento e o formato curto deve entrar nesse pacote”, afirmou Eric Schrier à Variety.

Ele destacou que o time ainda estuda a forma certa de colocar isso no ar, e que o Disney+ busca entender como esses conteúdos encaixam no padrão de qualidade da empresa, já que microdramas costumam ter produção mais simples.

Microdramas e a influência do mercado asiático

A equipe da Disney analisa também como adaptar esse tipo de produto ao gosto do público fora da Ásia. O vídeo vertical já virou praticamente um padrão nas redes sociais no Brasil, o que deixa a discussão mais interessante para quem acompanha streaming. A ideia pode abrir portas para formatos rápidos que encaixam na rotina corrida de muita gente.

O assunto aparece dentro de um pacote maior de expandir o conteúdo original do Disney+ no Japão e na Coreia. A plataforma apresentou diversas novidades no mundo dos animes, como Death Stranding Isolations, Tokyo Revengers War of the Three Titans Arc e a segunda temporada de Medalist, além de novas séries coreanas como Made in Korea e Gold Land.

“Ainda não decidimos como fazer microdramas ou micro storytelling, mas vamos entrar nesse espaço”, disse Schrier ao reforçar que o time continua avaliando o formato.

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Carol Choi e Eric Schrier

Carol Choi, vice-presidente executiva de marketing integrado e conteúdo original na APAC (The Walt Disney Company Asia Pacific), comentou a movimentação regional e destacou que o público pede mais histórias locais e personagens fortes.

O foco no vídeo vertical aparece como parte desse processo de testar possibilidades. A Disney acompanha o que funciona em mercados distintos e observa experiências de parceiros da região, como DramaBox, que trabalha com formatos curtos.

“A qualidade de produção lá é bem baixa e o tipo de história não combina com o que fazemos”, comentou Schrier, ao ressaltar também que a empresa tenta entender como entrar nesse território sem perder o padrão técnico já praticado.

Embora a discussão ainda esteja em fase de análise, parece que o tema se torna cada vez mais presente nas conversas sobre o futuro do Disney+. Para o público brasileiro, a adoção do vídeo vertical pode criar uma ponte entre o streaming tradicional e os hábitos já presentes em redes sociais, afinal o formato se aproxima do cotidiano de quem assiste no celular, principalmente nos intervalos do dia, sem precisar de longos episódios.

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